Departamento de Comunicação ganhará novo prédio para expandir e modernizar atividades

 

Nos cursos de Comunicação Social, tanto Jornalismo como Relações Públicas, a prática é requisito indispensável para uma formação profissional completa. Os laboratórios fotográficos, de vídeo, de áudio e de webjornalismo, assim como a Agência Experimental de Comunicação para o curso de Relações Públicas serão abrigados num prédio que será construído sobre o mesmo local onde funcionavam os antigos laboratórios. As obras têm prazo médio de 395 dias para serem concluídas e o bloco deverá dobrar a capacidade física do departamento.

“Nenhuma árvore será derrubada no local onde será construído o novo bloco”, assegura o diretor em exercício do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) e coordenador do curso de Jornalismo, professor João Bosco Ferreira. “O projeto visa a suprir as necessidades do departamento em termos de laboratórios, mas também na parte administrativa e até de salas de aula, em parte”, explica o docente.  Para dobrar a capacidade física do departamento, o bloco terá a característica verticalizada, mas sem ultrapassar a altura da copa das árvores.

Após a leitura do projeto e a participação de reuniões sobre o assunto, o professor revela que os danos ambientais serão mínimos em relação aos benefícios da expansão. “Haverá uma pequena supressão vegetal de uma área indispensável à passagem do material para a obra e do entulho, mas com toda a remediação necessária.

O substrato do local de pouco mais de 30 metros quadrados será retirado antes das obras e integralmente devolvido após o término”, explica. Ele esclarece ainda que, no prazo máximo de três anos, a mata local estará totalmente recomposta. “Essa é uma característica da floresta amazônica que temos a nosso favor”, comemora.

 

Melhorias

O coordenador do curso de Comunicação - Relações Públicas, professor Henrique Wendhausen, afirma: “nossa expectativa é muito grande em relação ao novo bloco, pois teremos um espaço próprio para incentivar a convivência entre os cursos”. Trata-se, segundo ele, de uma reivindicação antiga de professores e alunos daquele departamento, e que acompanha as mudanças no Projeto Político Pedagógico de Relações Públicas.

“RP é uma atividade eminentemente prática, e precisamos desenvolver as disciplinas novas de Laboratório de Comunicação I e Laboratório de Comunicação II, além da Agência Experimental de Comunicação, que abriga projetos apresentados pelo Núcleo Docente Estruturante”. Atualmente, o curso tem dois currículos em andamento, sendo um de 1981 e outro de 2012, cujo projeto sofreu alterações em 2013. Ao todo, há 177 alunos para serem formados.

 

Expectativas

Aluno do quinto período de Jornalismo, Juan Gabriel Brandão, 20, ressalta a necessidade de uma infraestrutura condizente com a qualidade teórica dos docentes da UFAM. “Vamos poder conciliar a teoria com uma prática equivalente, por exemplo, para as aulas de Webjornalismo, em que há necessidade de um local equipado e com os recursos disponíveis”, esclarece.

Caloura do mesmo curso, Maria Paula Santos, 18, tem muitas expectativas em relação ao novo espaço, e diz que aguarda para ter aulas práticas no prédio. “Eu penso que é extremamente necessário, pois precisamos de laboratórios que auxiliem projetos. E esses projetos nos ajudarão a aventurar na experimentação do Jornalismo”, explica, garantindo que será um marco, uma grande mudança para o departamento de comunicação da UFAM. “Espero que fique pronto o mais rápido possível”, acrescenta.

Além dos benefícios gerados para a Comunicação, há um projeto de se criar a Faculdade de Informação e Comunicação. “A proposta é agregar em novas unidades acadêmicas os cursos com mais afinidades, assim como são Jornalismo, Relações Públicas, Biblioteconomia e Arquivologia, bem como os programas de pós-graduação nessas áreas”, conta o diretor em exercício do ICHL, que é hoje a maior unidade da UFAM em número de pessoas.

É relevante expandir e desmembrar em unidades autônomas os cursos com as maiores afinidades, o que facilitará a gestão administrativa e dará possibilidade para serem ofertados outros na mesma área. “Ou seja, estamos primeiro investindo na estrutura para depois expandir na oferta”, conclui o professor.

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