III SECT-ICE inicia atividades com palestra sobre o futuro da ciência e da matemática

Mesa da solenidade de abertura do eventoMesa da solenidade de abertura do eventoNesta terça-feira (20), o Auditório Rio Amazonas da Faculdade de Estudos Sociais (FES) recebeu a abertura da III Semana de Ciência e Tecnologia do Instituto de Ciências Exatas (SECT-ICE). A solenidade contou com a presença do vice-reitor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), professor Dr. Hedinaldo Lima, e do professor Dr. Marcelo Viana, do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA). A solenidade também contou com a presença da Banda Marcial das Escolas Estaduais Governador Melo e Póvoas e Adalberto Valle, que executaram o Hino Nacional Brasileiro e a peça “Anunciação”, de Alceu Valença.

Na solenidade, a professora Dra. Karime Bentes, coordenadora do projeto “Desvendando as Ciências Forenses”, agradeceu o apoio que é dado sempre ao projeto na SECT. “Nós procuramos trazer os jovens para a ciência forense, enaltecendo sempre a importância da atividade do perito criminal”, ressaltou.

A professora Marta Gusmão, vice-diretora do ICE, fez menção ao trabalho da equipe de organização da Semana. “O trabalho que essa equipe faz é árduo, mas é muito gostoso de fazer. Interessante é notar que nesse ano, nós chegamos a 1500 inscritos, pelo menos até ontem. Ainda tivemos um grande número de estudantes que se inscreveu hoje. O ICE, de fato, está de parabéns”, salientou.

A gestora também destacou a presença de participantes não só do Amazonas e da UFAM, mas também de fora da instituição. “Nós temos pessoas aqui que são de Rondônia, Roraima e de outros estados do Norte, bem como alunos que são de outras instituições de ensino da nossa capital. Isso é muito marcante para todos nós”.

Público presente não era apenas da UFAM, mas também de outras instituições de Manaus e até de fora do AmazonasPúblico presente não era apenas da UFAM, mas também de outras instituições de Manaus e até de fora do AmazonasO vice-reitor da Universidade parabenizou o ICE pela organização do evento. “Sempre que eu participo da abertura da SECT, eu me lembro que sempre defendemos que houvesse aqui na Universidade eventos como esse. Eventos que deem visibilidade a toda a nossa produção acadêmica. O ICE tem trabalhado nisso com muita competência", destacou.

“A professora Marta acabou de mencionar que nós temos mais de 1500 inscritos, e que eles não se limitam à UFAM. Temos aqui não só alunos de outras instituições de ensino superiores, mas também alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Isso nos deixa muito felizes, porque sentimos que esse é o modelo que precisamos seguir”, complementou o professor.

Conferência de abertura

Proferida pelo professor Dr. Marcelo Viana, do IMPA, a conferência de abertura do evento teve como tema “Algumas perspectivas para a ciência e a matemática no Brasil”. Nela, o professor falou da história da ciência e tecnologia no Brasil, descrevendo os avanços alcançados até hoje.

Para o professor, o Brasil vive um período muito especial na área da Matemática. “O fato de um matemático brasileiro ter ganhado a Medalha Fields e  organizarmos o Congresso Internacional de Matemáticos, que acontecerá em 2018 nos dá a possibilidade de levarmos a Matemática para um nível superior e termos um reconhecimento internacional notável”, salientou.

Viana também ressaltou o fato de que a formação básica em matemática é um elemento para construir a cidadania. “Não compreender os conceitos básicos da Matemática é como não falar a língua. Está mais do que provado que uma educação de qualidade vem acompanhada do desenvolvimento da Matemática em todos os níveis, inclusive nos níveis mais avançados”.

“Há alguns anos, estive na UFAM, e na época, eu era o representante da área na CAPES. Fui questionado pelos alunos sobre a possibilidade de fazer um doutorado em Matemática aqui. Quando levei a ideia para os colegas, alguns também perguntavam a razão de se estabelecer um doutorado aqui. Incentivei os colegas a trabalharem nisso, fizemos um trabalho ótimo, porque acredito que é aqui que o conhecimento deve ser criado e transmitido. É um direito do desenvolvimento regional que inclui esse aspecto, que é muito importante”, finalizou o pesquisador.

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