IV Simpósio de História Militar da Amazônia encerra com a presença do Neto de Marechal Rondon

No terceiro e último dia de programação do IV Simpósio de História Militar, que neste ano homenageou os 150 Antônio Lara Marialva Meireles Rondon, neto do Marechal RondonAntônio Lara Marialva Meireles Rondon, neto do Marechal Rondonanos de nascimento do marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, civis e militares presentes no Auditório Rio Amazonas, da Faculdade de Estudos Sociais (FES), conheceram parte das `Histórias do Marechal´, através  de um dos dez netos de Rondon, de 65 anos, o coronel da reserva Antônio Lara Marialva Meireles Rondon.

Após exposição do documentário `Rondon e os Índios Brasileiros (ver notícia relacionada), Antônio Lara destacou algumas peculiaridades da expedição de Rondon à Amazônia, executada entre os anos de 1907 a 1910, para instalar telégrafos, com o objetivo de interligar Mato Grosso com a região amazônica. Nos estados pelos quais passou, as áreas exploradas por Cândido Mariano eram habitadas em sua maioria por indígenas das mais variadas etnias, algumas delas ainda hostis.  A política do sertanista de não revidar, nem usar violência, culminou na frase “morrer se preciso for, matar nunca”. O lema que acompanhou o Marechal em toda sua trajetória é motivo de orgulho para seus netos, bisnetos e tataranetos, até hoje.

Ao todo, Rondon desbravou mais de 50 mil quilômetros de sertão e florestas. “Meu avô vivia no mato. Ele passava dois, três anos no mato direto. Não tinha condições de voltar pra família. Uma das filhas dele, por exemplo, só foi conhecê-la já grande, com três anos de idade”, lembra o Neto do Marechal.

Em meio à vasta história de Marechal Rondon, Antônio Lara faz uma observação: os jovens de hoje não conhecem a trajetória militar do seu avô. Mas é em eventos como o Simpósio, que todos passam a multiplicar a trajetória militar de Rondon. “Hoje se você for numa faculdade, numa biblioteca, não tem nada sobre Rondon. Acredito que o trabalho dos palestrantes, falando da obra do Marechal, do trabalho executado em prol da integração no Brasil, é de suma importância pois quem participou, vai comentar com outros, e até pesquisar”.

A solenidade de encerramento do IV Simpósio de História Militar contou com a presença do pró-reitor de Solenidade de encerramento. Ao centro, professor Frederico ArrudaSolenidade de encerramento. Ao centro, professor Frederico Arrudaextensão, professor Luiz Frederico Mendes dos Reis Arruda, representando a reitora da UFAM, professora Márcia Perales Mendes Silva; o general de brigada Paulo Sérgio Iglessias, assessor de saúde do Comando Militar da Amazônia (CMA), representando o comandante do CMA, o general Guilherme Theophilo Gaspar de Oliveira; o general de brigada da reserva R/1, Franklimberg Ribeiro de Freitas, membro da comissão organizadora do Simpósio; o professor de História da UFAM, e também membro da comissão organizadora do Evento, Auxiliomar Silva Ugarte; e o diretor de Patrimônio Histórico e Cultural do Exército, coronel da reserva Antônio Ferreira Sobrinho.   

Para o professor Frederico Arruda, a parceria UFAM e CMA vem se consolidando, principalmente no sentido de se aprofundar sobre o tema Amazônia, em seus vários aspectos. “Esses eventos podem nos ajudar muito a entender esse desafio extraordinário que é a Amazônia brasileira. A gente só defende aquilo que conhecemos”.    

Já o general Paulo Sérgio, agradeceu a parceria, e disse que ambas as Instituições foram felizes na escolha do tema do Simpósio deste ano. “Neste momento tão complicado em que passa o País, é esperançoso rever, relembrar toda a história de vida desse cidadão brasileiro, patriótico, chamado Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon. Então é um momento em que devemos agradecer a todos que direta e indiretamente nos deram essa oportunidade”. 

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