UFAM e CMA abrem o IV Simpósio de História Militar da Amazônia

Mesa de aberturaMesa de aberturaNa manhã desta terça-feira (06), a Universidade Federal do Amazonas, através de sua Pró-Reitoria de Extensão (Proext), e o Comando Militar da Amazônia (CMA), deram início à quarta edição do Simpósio de História Militar da Amazônia, com o tema “Rondon nos Sertões Amazônicos: uma História de Desbravamento”. O tema é alusivo ao aniversário de 150 anos de nascimento do marechal Cândido Mariano da Silva Rondon.

Na solenidade de abertura, estiveram presentes o vice-reitor da UFAM, professor Hedinaldo Narciso Lima, representando a reitora, professora Márcia Perales Mendes Silva; o professor do Departamento de História da UFAM, e membro da comissão organizadora do Simpósio, Auxiliomar Silva Ugarte; o general de divisão da 12ª Região Militar, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, representando o comandante militar da Amazônia, o general Guilherme Theophilo Gaspar de Oliveira; e um dos diretores do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército no Rio de Janeiro, o coronel R/1 Antônio Ferreira Sobrinho.

Após a execução do Hino Nacional, pela banda de música do CMA, o professor Auxiliomar Ugarte falou sobre a parceria UFAM e CMA, e demais instituições, ao longo dos quatro anos de Simpósio, com vários temas já abordados, com destaque para o deste ano sobre Rondon.

Segundo o pesquisador, talvez depois de Duque de Caxias, Marechal Rondon é o militar brasileiro mais lembrado pelos cidadãos, devido ao seu trabalho de desbravamento da Amazônia brasileira. “E é justamente isso que nós temos hoje, amanhã e depois como objetos das nossas reflexões, como parte das nossas investigações, principalmente daqueles que se especializaram em determinadas dimensões da vida desse grande militar, cidadão brasileiro, marechal Cândido Mariano da Silva Rondon”.    

Em seguida foi a vez do coronel R/1 Antônio Sobrinho,  diretor de Patrimônio Histórico e Cultural do Exército no Rio de Janeiro. O Militar falou sobre o Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército Brasileiro (CEPHiMEx), um órgão com quatros anos de criação, que tem a missão de fazer a integração junto à academia [universidades] sobre a história militar do Exército. “Então nós fomos criados pra isto: fazer essa interlocução junto aos alunos, difundindo os valores, as crenças e as tradições do Exército Brasileiro”.  

General Paulo de Oliveira, comandante da 12ª Região Militar; e o vice-reitor da UFAM, professor Hedinaldo Narciso Lima General Paulo de Oliveira, comandante da 12ª Região Militar; e o vice-reitor da UFAM, professor Hedinaldo Narciso Lima Por último o comandante da 12ª Região Militar, general Paulo de Oliveira, destacou que Marechal Rondon foi considerado em pesquisas internacionais, como o maior brasileiro de todos os tempos, e que durante o Simpósio, todos iriam saber os motivos. Outro destaque do General foi o estreitamento das Forças Armadas, em especial o Exército Brasileiro com a comunidade acadêmica. “Quando vemos militares e civis ombreados em assuntos tão relevantes, ficamos felizes, satisfeitos. E esta Instituição [UFAM], que hoje goza da mais alta credibilidade perante a sociedade brasileira, está de parabéns pela realização do Evento.    

Dando início a abertura dos trabalhos do IV Simpósio de História Militar da Amazônia, o vice-reitor da UFAM, professor Hedinaldo Narciso Lima ressaltou a ampliação e o fortalecimento da parceria UFAM e Exército nos últimos anos. “UFAM e Exército Brasileiro têm uma história muito importante em nossa região. E quando nos associamos, quem ganha são os povos dessa região, e suas instituições. Hoje nós temos cinco unidades acadêmicas, e alguns desses campi, inicialmente, eram áreas destinadas ao Projeto Rondon. Depois de extinto, a Universidade assumiu, e isso nos ajudou para que pudéssemos está presente no interior do Amazonas. Quando veio o projeto Reuni, de expansão das universidades, já estávamos presentes com unidades acadêmicas em Benjamin Constant, Humaitá e Parintins”, lembra o Vice-Reitor.   

Rondon na Amazônia

A primeira palestra do IV Simpósio de História Militar na Amazônia foi do professor de História da Faculdade Porto, Professor Aleksander PalitotProfessor Aleksander Palitotda Fundação Getúlio Vargas em Porto Velho, Rondônia, Aleksander Palitot. O tema de sua conferência de abertura foi `A Importância do Marechal Rondon no Estabelecimento dos Limites do Estado de Rondônia.

Em sua palestra, Aleksander fez um apanhado das missões de Rondon entre 1907 e 1915, que culminou na instalação de linhas telegráficas e estações, que acabaram dando origem a núcleos habitacionais em Rondônia, como Ji-Paraná, Vilhena, Jarú, Cacoal, Pimenta Bueno, Ariquemes e Porto Velho, além de ligar Rondônia ao restante do País.  

“Essa relação de Rondon com Rondônia não se dá apenas pelo seu nome, mas pelo legado que ele [Marechal Rondon] deixou na parte de catalogação, mapeamento, reconhecimento de rios, acidentes geográficos da Amazônia, de Rondônia especificamente, de suma importância para sua ocupação”.  

Marechal Rondon atuou como indigenista, sertanista, geógrafo, cartógrafo, botânico, etnólogo, antropólogo e ecologista, trabalhando arduamente na integração da Amazônia e do Mato Grosso. E ele deixou dois legados: “Rondon é o primeiro brasileiro a fazer ciência na Amazônia. Antes dele vieram muitos europeus. Logo foi o primeiro a fazer um inventário da Região. Outro legado de Rondon foi a criação do Serviço de Proteção ao Índio (SPI), embrião da Funai. Foi o primeiro passo dado por um personagem que tinha descendência com os povos Exposição Marechal RondonExposição Marechal Rondonindígenas”, sublinha o Historiador.

Programação

O IV Simpósio de História Militar da Amazônia continua com sua programação de palestras, documentários e mesas-redondas sobre Rondon, e seu trabalho de integração e estabelecimento dos limites fronteiriços do Brasil na Amazônia Ocidental, nos dias 07 e 08 de outubro, no Auditório Rio Amazonas, localizado na Faculdade de Estudos Sociais (FES), setor Norte do Campus Universitário Senador Arthur Virgílio Filho, em Manaus. Além do auditório, o público presente também pode conhecer a história do Marechal através de uma exposição de banners do 1º Batalhão de Comunicação de Selva do Exército Brasileiro. 

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