Seminário de Ações Afirmativas na UFAM ocorre nos dias 5 e 6 de maio. Inscreva-se

Após consolidadas, as diretrizes da política institucional nortearão as ações da Universidade.

 

A Universidade Federal do Amazonas lança as bases para construir a política institucional para ações afirmativas para os povos indígenas, as populações tradicionais e os afrodescendentes no contexto universitário. O evento reunirá, nos dias 5 e 6 de maio, no auditório Rio Amazonas da Faculdade de Estudos Sociais (FES), sob a coordenação do Grupo de Trabalho sobre Ações Afirmativas da UFAM, a sociedade civil organizada e as entidades representativas locais para discutir o assunto, consolidar um relatório temático e elaborar uma minuta de resolução da política institucional a ser implantada na Universidade.

Inscrições abertas até 03 de maio em http://eventos.ufam.edu.br/eventos/home/login.

O GT Ações Afirmativas compõe-se pelos titulares das Pró-Reitorias de Extensão (Proext), de Gestão de Pessoas (Progesp), de Ensino de Graduação (Proeg) e de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp). O coordenador do GT e pró-reitor de Extensão, professor Frederico Arruda, ressalta que a Universidade se coloca proativamente no contexto de inclusão que se desenha há mais de uma década no País. Exemplo disso é a atuação do professor Gersem Baniwa, filósofo e doutor em Antropologia engajado na causa dos povos indígenas da Amazônia Brasileira, no Departamento de Ações Afirmativas na estrutura da Proexti. “Projetos e programas de extensão vinculados à temática de povos indígenas e populações tradicionais são acompanhados pelo DPA”, explica Arruda.

Outras iniciativas da Universidade também apontam para a crescente valorização do tema e para a necessidade de consolidar a Política de Ações Afirmativas o quanto antes. Através do Programa de Apoio à Formação Superior e Licenciaturas Interculturais Indígenas (Prolind), a UFAM contribui para a formação superior específica para as etnias Mura, Munduruku e Sateré-Mawé. A respeito da normatização das ações institucionalizadas, Arruda explica: “Ampliar a abrangência desse trabalho será possível com a consolidação de uma política institucional. O documento será elaborado coletivamente por diversos segmentos sociais para depois ser estruturado e enviado para discussão e aprovação pelo Conselho Universitário, o Consuni”.

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, professor Gilson Monteiro, avalia como imprescindível que o processo educacional seja pautado por uma política de ações afirmativas. “Essas ações devem ser acompanhadas desde o acesso até a formação, porque a Universidade tem de adotar uma postura cada vez mais inclusiva, e não mais exclusiva”, assevera Monteiro. O professor explica que as ações afirmativas permeiam campos além da educação, como na economia: “Algumas pessoas na Amazônia são contra o modelo, mas a Zona Franca de Manaus é um exemplo de correção das desigualdades regionais. Com essa política educacional, a UFAM nivela não apenas o ingresso, mas acompanha todo o processo de formação e promove formação de qualidade para um número maior de pessoas”.

 

Formato

Distribuído em quatro mesas-redondas, sendo três no primeiro dia e uma no segundo, além de uma Plenária Geral no encerramento, o seminário terá a participação de representações dos movimentos sociais indígenas, de afrodescendentes e de comunidades tradicionais; de instituições como Ministério Público Estadual e Federal (MPE e MPF), Ordem dos Advogados do Brasil/Seccional Amazonas (OAB/AM), Defensoria Pública do Estado (DPE) e Fundação Nacional do Índio (FUNAI); e de entidades ligadas à Universidade, como Associação dos Docentes (Adua), Associação dos Servidores (Assua) e Diretório Central dos Estudantes (DCE). Assim, o formato prioriza olhar de movimentos sociais, operadores dos direito e entidades componentes da UFAM, agregando a eles uma visão institucional, através das propostas inicialmente pensadas pelo Grupo de Trabalho e dos projetos já em andamento.

 

Serviço

O quê? Seminário de Ações Afirmativas na UFAM: desafios e possibilidades

Quando?Dias 5 e 6 de maio, das 8 às 12h e das 14 às 18h.

Onde? Auditório Rio Amazonas da Faculdade de Estudos Sociais (FES/UFAM).

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