Títulos têm relação com o cotidiano amazônico

Nesta quinta-feira, 9, a Editora da Universidade Federal do Amazonas (EDUA) lançou 10 obras que tratam do cotidiano da Amazônia. Entre elas, o livro “Carpinteiros dos rios: o saber da construção naval do município de Novo Airão/AM”, de autoria da mestra em Sociedade e Cultura na Amazônia Luciane Maria Legeman Salorte, e “Um localismo universalizado: a formação de professores, mestres e doutores na Faced/Ufam”, de autoria da professora Rosa Mendonça de Brito. Segundo a diretora da EDUA, professora Suely Marquez, afirmou que todos os livros lançados pela editora tem a temática voltada para a Amazônia. “A partir disso, quem lê os nossos livros observa a Amazônia de diversos ângulos da ciência”, ressaltou.

O evento aconteceu no Auditório Rio Javari, localizado na Faculdade de Tecnologia (FT), Setor Norte do Campus, e contou com a presença deAutores das obras lançadas pela EDUA. Ao centro, professoras Márcia Perales e Suely Marquez.Autores das obras lançadas pela EDUA. Ao centro, professoras Márcia Perales e Suely Marquez. diversas autoridades, entre eles, a Reitora da UFAM, professora Márcia Perales, e o diretor da Faculdade de Direito, professor Sebastião Marcelice Gomes. Também esteve presente, representando dois dos autores, o professor Dr. Renan Freitas Pinto, do Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA).

Para a professora Márcia Perales, as obras lançadas pela editora contribuirão e muito para a formação sociocultural para a Amazônia. “Nós queremos que tudo isso esteja ao alcance de todas as pessoas. Ao mesmo tempo em que a Universidade apoia a produção destes livros, nós, de certa forma, contribuímos para que estas obras, resultados de várias pesquisas, estejam ao alcance da comunidade em geral”, salientou a reitora.

As obras

O jornalista e mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia Denison Silvan, autor da obra “Trabalho e Relações de Trabalho na Mineração Taboca”, disse que a pesquisa foi interessante, uma vez que resgatou uma parte importante da história recente da classe trabalhadora no Amazonas. “Nós fizemos um perfil do trabalhador do Pitinga na década de 1980, e aquela época era um período de muita efervescência política. Com isso, nós pudemos compreender que o trabalho e as relações de trabalho como categoria científica nos dá uma interpretação da vida do ser humano a partir de uma visão teórica”, reafirmou o autor.

A obra da profa. Luciane Salorte, “Carpinteiros dos rios: o saber da construção naval do município de Novo Airão/AM”, é resultado de uma pesquisa realizada nos anos de 2008 a 2010 e apresentada ao PPGSCA para a obtenção do título de mestra, e tratou de fazer uma descrição do saber fazer dos carpinteiros navais, isto é, as pessoas que constroem embarcações de madeiras naquele município. Ela conta que no início da pesquisa, os carpinteiros ficaram um pouco retraídos. “No entanto, a partir do momento em que a pesquisa foi se desenrolando, nós conseguimos trabalhar ainda melhor, e temos como resultado esta obra”, ressaltou.

Duas das obras lançadas pela EDUA são de autoria das professoras Luciane Salorte e Artemis Soares.Duas das obras lançadas pela EDUA são de autoria das professoras Luciane Salorte e Artemis Soares.O livro “Um localismo universalizado: a formação de professores, mestres e doutores na Faced/Ufam”, de autoria da profa. Rosa Mendonça de Brito, é resultado de uma pesquisa de muito tempo que resultou na tese de pós-doutoramento da autora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “O objetivo do livro é fazer um estudo sobre como a Faculdade de Educação (Faced) da UFAM está formando os seus professores, e se há nesta formação uma preocupação com o saber local e com a questão das identidades amazônicas”, afirmou.

A autora, que também escreveu o livro “100 Anos UFAM”, também conta, na obra, um trecho da história da Faculdade de Educação, para ambientar a história do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Segundo ela, a obra não servirá apenas para os cursos de Pedagogia, mas também para todas as áreas do conhecimento. “O livro é uma obra crítica, e eu realmente espero que ele faça o seu papel, que é um alerta, o alerta de cuidar dos nossos cursos e inseri-los no contexto da nossa região”, finalizou Brito.

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