Reitora presidiu a primeira reunião do Conselho de Administração da FUA do ano

A reitora da Universidade Federal do Amazonas, professora Márcia Perales e o vice-reitor, professor Hedinaldo Narciso Lima, conduziram, na noite desta segunda-feira, 16, na sala de reuniões da Reitoria, setor Norte da Instituição, a primeira reunião do ano do Conselho Diretor da Fundação Universidade do Amazonas (FUA). 

Na oportunidade em que estavam reunidos conselheiros, que também ocupam cargo de pró-reitores, diretores e assessores, foi tornado público o parecer do relator, José dos Santos Braga, sobre o relatório de gestão do exercício 2014, além de dada a posse aos novos conselheiros, Antônio Silva, atual presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) e Júlio Torres, ex-professor da Ufam e médico amazonense. 

Antônio Silva afirmou estar muito honrado com o convite para integrar o Conselho. "Fazer parte dessa estrutura é ser o porta-voz da interlocução entre o setor produtivo e a Instituição, que já tiveram um diálogo mais forte, mas foi rompido em algum momento e precisa ser retomado. Estou aqui para aprender e colaborar", frisou Silva, da Fieam. 

Conselheiro Antônio Silva, presidente da Fieam, compõe Conselho

O segundo conselheiro empossado, Júlio Torres, também se pronunciou. Ele agradeceu a recepção dos conselheiros e à reitora e se disse surpreso e feliz com o convite. "Estou muito feliz por poder rever tantos conhecidos e colegas aqui, na Universidade e por poder contribuir com a Instituição", disse. 

Após as boas-vindas da reitora e do vice-reitor, a pauta seguiu com a leitura do parecer do relator, José dos Santos Braga, acerca dos resultados das atividades institucionais de 2014. Embora não estivesse presente à reunião, seus apontamentos foram lidos pelo vice-reitor.

Em seu parecer, José dos Santos Braga considerou como satisfatórios os resultados apresentados, dando destaque aos aspectos consubstanciais de programas e ações, citando como exemplos os novos cursos em vigência, como o de Libras, o reconhecimento de outros junto ao Ministério da Educação (MEC) e as iniciativas voltadas à Inovação Tecnológica e valorização dos conhecimentos tradicionais, programas de pós-graduação, entre outros. 

O relator enfocou, ainda, a concessão de bolsas trabalho, permanência, acadêmica, auxilio-moradia, cursos de qualificação voltados a servidores como um reflexo do comprometimento da instituição com alunos, técnicos e docentes, objetivos esses ratificados, inclusive, pela reitora, após o término da leitura do parecer. Ela franqueou a palavra e alguns pró-reitores, presentes como conselheiros, pronunciaram-se. 

FUA também tem Júlio Torres como novo conselheiro

A conselheira e pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, professora Mariomar de Sales Lima explicou que o relatório de gestão é uma forma de apresentar à sociedade, as conquistas da Universidade ao longo do exercício anterior, cuja compilação de dados segue parâmetros do Tribunal de Contas da União (TCU). 

"Quero aqui agradecer a todos os gestores que nos ajudaram a construir esse relatório. Ele reflete uma troca de informações que nos ajuda, inclusive, a acompanhar o progresso da Universidade, rever metas e ampliar nosso campo de visão sobre novas formas de melhorar a Ufam", frisou.  

Gilson Monteiro, pró-reitor da Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp), deu as boas-vindas aos novos conselheiros e ressaltou as mudanças ocorridas em virtude de um novo regimento. 

"É preciso destacar a agilidade e a flexibilidade com qualidade por que caminham os cursos de pós-graduação da Universidade. Hoje, eles têm atividades obrigatórias e não disciplinas, ou seja, podem discutir o que é melhor na forma de ensino, por não estarem restritos a um escopo pedagógico. Outra grande inovação é a dos programas poderem equivaler dissertações e teses a artigos científicos publicados em revistas de alto qualis, para conceder a certificação aos seus mestrandos e doutorandos. São iniciativas bastantes positivas", considerou.

O vice-reitor finalizou esta etapa da reunião agradecendo os novos membros conselheiros, parabenizou e reiterou o posicionamento da pró-reitora da Proplan, Mariomar Sales e considerou ser uma alegria publicizar os avanços obtidos ao longo de 2014.

Apresentação arregimentou ações na capital e interior

Incorporação de bens - A pauta da reunião do conselho também aprovou a incorporação de bens ao patrimônio da Universidade, como impressoras, armários, livros, além de notebooks, cadeiras, mesas, projetores, TVs, entre outros. Boa parte dos materiais foi adquirida por meio de projetos e programas financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam), que prevê a cessão desses bens em regime de doação para a instituição beneficiada. 

Considerando tão importante quanto os itens anteriores, a reitora mencionou a doação de um terreno no município de Coari, feita pela Câmara Municipal daquele município, onde será implantado mais uma unidade do curso de Medicina. Segundo a reitora, as atividades da nova unidade devem acontecer no primeiro semestre de 2016. "A ampliação da unidade de Medicina é fruto do Programa de Expansão da Área Médica, capitaneado pelo governo federal. Num primeiro momento não aderimos a ele, porque é um assunto que precisaria ser melhor discutido com a Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Proeg) e a própria Faculdade de Medicina, tendo em vista que o processo deveria ser conduzido da melhor forma, visando resguardar os alunos oriundos do interior do Estado. A forma de seleção é uma decisão que será tomada pelo conselho universitário, para dar igualdade de condições aos acadêmicos locais", observou, finalizando a pauta de reuniões do Conselho.  

Apresentação - Como forma de inteirar os conselheiros recém-empossados ao quadro da FUA, a reitora apresentou um balanço de atividades, ações, programas e também mostrou a estrutura da Universidade na capital e no interior. Ela iniciou, ratificando os 106 anos de fundação da Universidade, a mais antiga do País. Falou da missão e visão da Instituição, dos Conselhos, Pró-Reitorias e das unidades, que totalizam 15 na capital e cinco no interior do Estado, arregimentando mais de 40 mil alunos em 17 cursos de graduação, 1,6 mil docentes e 1,7 mil técnicos-administrativos.  

Márcia Perales informou que, em 2005, a Universidade iniciou o processo de interiorização, iniciativa que tem como slogan "Amazonas é o nosso campus", alcançado Humaitá, depois Benjamin Constant, Coari, seguido por Parintins e por último, Itacoatiara. 

Para a gestora, Benjamin Constant representa o maior desafio, de acesso e fixação de servidores na localidade. "Investimos mais de R$ 22 milhões nesse período. Lá, os alunos formados são da primeira geração, ou seja, para aquelas famílias, é a primeira vez que um filho, um sobrinho constroi uma história numa universidade pública. Assim como em Benjamin Constant, todos os municípios precisam prever recursos para benefícios que arregimentem alunos, fixem-nos em sala de aula e depois, possam concluir os estudos pelo qual optaram", revelou. 

Sobre Humaitá, onde são disponibilizadas 300 vagas anuais, também foi instituído o primeiro curso de Mestrado em Ciências Ambientais. Um outro curso de Mestrado já está sob análise da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), de forma que, se aprovado, Humaitá pode ser o polo com maior número de cursos stricto sensu em nível de mestrado do interior. 

Lá, há atualmente, 819 alunos matriculados e mais de 2 mil bolsas de assistência concedidas. 

Outro polo, Coari, recebeu, de 2009 a 2014, mais de R$ 15 milhões em investimento. Com mais de 1.045 alunos matriculados, mais de 3.609 bolsas assistenciais concedidas, a cidade mantém seis cursos de graduação e está passando por reformas e adaptação da estrutura acessibilidade. 

O campus de Itacoatiara também integrou a apresentação. Com nove cursos, o maior entre os existentes no interior, o campus também conta com com um curso de Mestrado em Ciência e Tecnologia para Recursos Amazônicos. São mais de 1.300 alunos matriculados na graduação e 21, na pós-graduação. Em Itacoatiara está o maior número de benefícios de assistência oferecido, de 4.324.  

Em Parintins, os sete cursos de graduação mantém 1,3 mil alunos matriculados, há a oferta de 4.700 bolsas de assistência e a Prefeitura vem executando obras de acessibilidade. 

O campus de Manaus, o maior do País, está numa área urbana de mais de 6,4 milhões de metros quadrados. "No período que estamos à frente da Reitoria, já executamos 31 obras, entre elas, a da Pós-Bioagro, Centro Administrativo, Centro de Convivência, Auditórios, Faculdade de Tecnologia, ICHL, FCA e HUGV, que terá sua primeira fase concluída em junho", comemorou Perales.