Projeto premiado aborda despoluição dos rios da Amazônia

Equipe UFAM-BRAZIL, de vermelho, leva ouro no iGEM  Equipe UFAM-BRAZIL, de vermelho, leva ouro no iGEM

Equipe da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) conquistou medalha de ouro em evento internacional sobre Biologia Sintética realizado em Boston, nos Estados Unidos. Os estudantes apresentaram trabalho sobre bactéria geneticamente modificada capaz despoluir os rios da Amazônia.

As representantes da UFAM, Lais Gomes e Luna Lacerda, ambas do curso de Biotecnologia e Paloma Fernandes, de Ciências Biológicas, representaram a UFAM no iGEM (do inglês, Competição Internacional de Máquinas Geneticamente Modificadas) disputando o ouro com mais de 2.500 estudantes universitários do mundo todo, divididos em mais de 230 equipes participantes. Outras instituições de ensino superior brasileiras como USP, UNESP e UFMG também concorreram às medalhas.

O projeto da equipe teve como objetivo a detecção e a biorremediação de mercúrio nas águas da Amazônia. Altamente tóxico, o mercúrio (Hg) pode acumular na cadeia de alimentação e consequentemente chegar ao homem, causando sérias doenças inclusive em órgãos vitais como fígado, rins e cérebro. Os estudantes modificaram geneticamente uma espécie de bactéria muito comumente utilizada em laboratório, a E. coli, introduzindo genes capazes de detectar e reter o elemento químico, despoluindo a água dos rios de forma natural.

De acordo com o coordenador do projeto vencedor, professor Carlos Gustavo Nunes da Silva, foram seis meses de trabalho árduo nos laboratórios do Centro de Apoio Multidisciplinar (CAM - UFAM), com a participação de 15 estudantes de diversas áreas como Medicina, Química e Microbiologia. “Os estudantes provaram que é possível reprogramar a biologia de uma bactéria para prestar um serviço importantíssimo ao homem: a biorremediação ambiental”, informou.

 

 

 

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