Instituto de Natureza e Cultura de Benjamin Constant tem estrutura ampliada

Como parte da política nacional de expansão e ampliação das universidades públicas federais, cujo objetivo é atender a demandas locais e desenvolver as regiões brasileiras em contextos específicos, a UFAM avança no sentido de expandir as unidades acadêmicas do interior e desenvolver os municípios e o entorno onde seus cinco institutos estão instalados. Na manhã do dia 21 de outubro, foram entregues três novos blocos à comunidade acadêmica do Instituto de Natureza e Cultura de Benjamin Constant (INC/BC).

Na entrega dos blocos que abrigam salas de aula, laboratórios e setor administrativo, estavam presentes a reitora da UFAM, professora Márcia Perales, o vice-reitor, professor Hedinaldo Lima, a coordenadora geral de relações estudantis da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), professora Fabiana Costa, o presidente da Câmara dos Vereadores do município, Elvis Graça, o ex e o atual prefeito do Campus, professores Marco Antônio e Atlas Bacellar, o assessor de Relações Internacionais e Interinstitucionais, professor Naziano Filizola, e a professora Rosa Brito, além de docentes, técnicos administrativos e estudantes do INC.

Dentre os pontos destacados pela reitora ao entregar as obras à comunidade acadêmica do INC está a priorização da política expansionista, o que gera hoje perspectivas aos jovens desses municípios e do entorno. “Tivemos de mostrar ao Governo Federal a realidade, a necessidade e o desdobramento da implantação desses campi, como foi em Benjamin Constant. A UFAM foi extremamente ousada ao criar e implantar cinco unidades acadêmicas no interior”, disse a professora Márcia Perales, lembrando que a Universidade já se fazia presente naquela cidade, por meio de um modelo de educação modular, que chegou a formar sete mil profissionais.

O professor Hedinaldo Lima conta que também teve a honra de participar da etapa de expansão ocorrida em 2006 e que, agora, como vice-reitor da UFAM, tem o privilégio de acompanhar o fechamento de um ciclo. “Nós queremos concluir e entregar a Casa do Estudante, uma nova biblioteca e o Restaurante Universitário. Isso tudo é um processo de melhorias que deve ser realizado também nas outras unidades acadêmicas”, assegurou o vice-reitor.

A professora Rosa Brito guarda recordações do período de implantação daquela unidade, pois foi ela a pessoa designada pelo então reitor, professor Hidembergue Frota, como presidente da Comissão de Implantação da unidade de BC. “A professora Márcia Perales fez parte dessa equipe como pró-reitora de Extensão e Interiorização, em 2005. No ano seguinte finalizamos o processo. Durante esse período, realizamos assembleia em forma de diálogos com setores daquela cidade; verificamos as demandas e percebemos a vocação de Benjamin Constant para chegar aos cursos lá ofertados; também acompanhei a construção dos primeiros Projetos Político-Pedagógicos (PPP) e indiquei professores para gerirem a unidade naquele primeiro momento”, explicou a professora Rosa Brito.

Olhar do Ministério da Educação

Interiorização, Inclusão Social e Democratização do Ensino: esses são, hoje, os principais eixos de atuação do Ministério da Educação (MEC) em se tratando da Educação Superior, de acordo com o que apresentou a professora Fabiana Costa, coordenadora geral de relações estudantis da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), e representante do Ministro da Educação, Henrique Paim, na solenidade. A professora diz ter ficado muito satisfeita pela oportunidade de “presenciar, aqui na ponta, como os programas nacionais de expansão e interiorização do Governo Federal dão certo e trazem resultados”.

O Ministério, por meio da Coordenação de Relações Estudantis, acompanha Programas de Extensão; de Educação Tutorial (PET); de Assistência Estudantil (PNAES), cujo aporte foi de 740 milhões de reais em 2014; de Estudantes-Convênio (PEC-G), na UFAM, coordenado pela Assessoria de Relações Internacionais e Interinstitucionais (ARII); e o Incluir, cujo foco é em políticas de acessibilidade. Nesse aspecto, é importante destacar que os novos três blocos de BC possuem elevadores por conta da acessibilidade, apesar de eles possuírem dois pisos.

“Por meio desse acompanhamento, o MEC consegue visualizar que a expansão ocorre em todo o Brasil, incluindo aí o Alto Solimões, aqui no Amazonas, e a Bahia, onde foram criadas seis federais. Eu serei docente na Federal do Sul da Bahia”, destacou. A professora continuou: “O impacto social positivo causado por esses novos atores contribui para mudar o cenário local e o contexto regional. Mas ainda há muito para fazer na região Norte, já que apenas 8% das vagas de educação superior são daqui”. A localização da cidade, na tríplice fronteira, é fator importante na composição de um quadro específico de demandas que a UFAM vem atender.

Investimentos e Reflexos

Foram investidos mais de R$10 milhões nas reformas dos prédios antigos e na construção dos três novos blocos, sendo que eles compreendem 6.325,44 m² de área construída e comportam laboratórios, salas de aula e administrativas do INC. O professor Atlas Bacellar apontou as melhorias em termos estruturais, pois, além dos blocos, foram instalados elevadores em todos eles, e foram construídas passarelas cobertas e entrada de acesso pavimentada. “Toda essa estrutura deu melhores condições para os alunos cumprirem suas atividades acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão”, ressaltou o professor.

O ex-prefeito do Campus, professor Marco Antônio, também teve o nome exibido nas placas de inauguração de todos os blocos, visto que o processo de construção iniciou ainda na gestão dele. Falando diretamente aos alunos, o professor expressou o desejo de que o espaço seja usado para a elaboração de novos conhecimentos. Algo que as calouras do curso de Pedagogia, Marília Sangana e Carmen Dias, asseguram que será feito.

Marília é indígena da etnia Tikuna, enquanto Carmen pertence à etnia Okama. “O nosso desejo”, afirmam as universitárias, “é adquirir conhecimentos para trabalhar em nossas próprias comunidades”. Há apenas duas semanas na Universidade, ambas têm aulas nos novos blocos e já aprovaram as novas instalações da unidade de Benjamin Constant, assim como o aprendizado. “O ensino é mais avançado e poderemos aprender muito”, avaliaram.

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