Um 18 de outubro para mostrar as conquistas e as perspectivas dos futuros médicos

Professora recebe o carinho da residente em Patologia Bucal Silvia BrandãoProfessora recebe o carinho da residente em Patologia Bucal Silvia BrandãoOs exatos 721 estudantes do curso de graduação em Medicina da Universidade Federal do Amazonas têm muito a comemorar neste ‘18 de outubro’. A data renova em cada um dos futuros profissionais que serão formados nesta instituição centenária a perspectiva de construir carreiras que resultem da formação acadêmica comprometida com o tripé ensino, pesquisa e extensão, da excelência do corpo docente e do próprio envolvimento dos discentes nas ações promovidas pela UFAM.

Iuri Matias Schreiner é aluno do 7º período do curso e revela que sempre teve o espírito de cuidador. “Apesar de desde criança eu gostar das Ciências Exatas, prevaleceu meu lado mais voltado para a interação e o cuidado para com as pessoas”, revela. O mesmo sentimento é compartilhado pelo jovem Anderson Camargo, do 8º período, quando fala com orgulho que será o primeiro médico da família dele, e que cursar Medicina é um sonho antigo, ao lado da vontade que tinha de ser piloto. “Apesar da dúvida de criança, sempre fui fascinado pela figura do médico, pelo jaleco branco daquele que ajudava as pessoas a se sentirem melhor”, diz. Anderson ainda não sabe que especialidade seguirá, mas garante que ao fim do internato a escolha estará feita.

Visitamos algumas temáticas que permeiam a relação entre a Ufam e a Medicina, tais como a estrutura da graduação e as conquistas mais recentes da Faculdade; a Formação e a Educação Médica nesta região; o processo de Residência Médica no âmbito do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV). Aprendizado, formação técnica e humanística dos médicos formados pela UFAM são os destaques desta homenagem.Anderson de Camargo sonhava ser médicoAnderson de Camargo sonhava ser médico

“Nossos alunos sempre primaram por desenvolver atividades de pesquisa e extensão, tanto é que, em Congressos de Educação Médica (COBEM) temos sido em nossa região, os que mais apresentam trabalhos para exposição oral ou sob a forma de posters que derivam dessas experiências exitosas. É o "aprender fazendo" e vivenciando as práticas junto com o professor-médico no ensino-pesquisa-extensão”, afirmam o diretor daquela unidade e a professora Neila Falcone.

 

Entre os melhores

Ao conquistar o 13º lugar no Ranking Universitário da Folha de São Paulo (RUF), na edição de 2014, o curso de Medicina da UFAM revela-se, também, como o melhor do Amazonas. Ao avaliar o resultado, o diretor da unidade, professor Dirceu Benedicto, reafirma o compromisso da Universidade de continuar avançando rumo à excelência acadêmica, e que a Faculdade de Medicina tem contribuído com esse objetivo, por meio da articulação Ensino-Pesquisa-Extensão.

Leia a entrevista com o professor Dirceu Benedicto.

 

Formação acadêmica

Professora de carreira da Faculdade de Medicina da UFAM, a médica Neila Falcone destaca-se pelo envolvimento em temas como educação médica e seus correlatos, tais como o ciclo básico e clínico, o estágio e a residência médica. A professora lembra o V Congresso Regional Norte de Educação Médica, por ela coordenado em maio passado, envolveu oito das filiados à Associação Brasileira de Educação Médica no Norte, e teve o objetivo de viabilizar a troca de conhecimentos na área de educação médica.Aulas práticas de anatomiaAulas práticas de anatomia

“Reflexões e discussões nortearão melhorias nas práticas pedagógicas, sintonizando os cursos com as necessidades de saúde da população brasileira”, afirmou a professora, para quem o maior desafio é que haja “verdadeiros médicos-professores” a contribuírem efetivamente para a formação acadêmica. Nos ciclos Básico e Clínico, que equivalem a 60% do curso, a professora pontua o desafio de adequação dos projetos pedagógicos às novas diretrizes do Ministério da Educação (MEC).

“É preciso atrair professores médicos ensinarem disciplinas como psicologia médica, anatomia, bioquímica; a carga horária do internato deve ser extensa pelo fato de ser o momento da prática médica; já nos programas de residência, entendo serem adequados para formar especialistas”, diz. As Ligas Acadêmicas compõem o currículo paralelo dos discentes, assim como Programa de Educação Tutorial (PET), MedEnsina e Alfa. As Ligas, por exemplo, contribuem para a busca de formação precoce em especialidades, em detrimento da formação generalista exigida pelo atual currículo.

A professora alerta para o compromisso que os docentes devem ter com o processo ensino-aprendizagem, para quem “metodologias ativas sejam eixo central”. Ela ressalta a importância de cenários de prática e de laboratórios redimensionados e sobre a ocupação plena do Sistema Único de Saúde (SUS) através de Unidades Básicas de Saúde (UBS), Serviços de Pronto Atendimento (SPA), Policlínicas etc. “Isso significa atuar mais em baixa complexidade, deixando Hospitais de média e alta complexidade para especialistas e o treinamento em serviço dos médicos residentes”, explica.

 

HUGV e residênciaNovo HUGV será oferecido à sociedadeNovo HUGV será oferecido à sociedade

O superintendente do Hospital Universitário Getúlio Vargas, Rubem Alves da Silva Júnior, falou sobre como ocorre o processo de residência médica dos estudantes de medicina da Ufam no HUGV. Segundo ele, a seleção é feita em duas etapas: “Primeiro é realizada uma prova objetiva e os aprovados seguem para a segunda etapa, que abrange análise e arguição do currículo”. Atualmente há 141 residentes em 19 especialidades no HU, dentre as quais Medicina intensiva e Medicina da família e comunidade.

“A proposta da residência multiprofissional surge da necessidade de integração entre o ensino e serviço, dando ênfase na formação em Serviço nos hospitais de Ensino”, explica o superintendente do HU. A parceria dos estudantes de medicina na residência multiprofissional ainda está no início, mas segundo ele, já é possível verificar algumas ações de integração entre as diversas áreas, em especial nas clínicas cirúrgicas, no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) e na Neurologia. A integração plena é, na avaliação do superintendente, um dos desafios a serem superados durante a residência.

 

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