Diretor da Faculdade de Medicina traça panorama de conquistas e desafios. Confira a entrevista.

Professor destaca melhorias da MedicinaProfessor destaca melhorias da Medicina

Assessoria de Comunicação da Ufam - Quais as principais mudanças em termos de estrutura física que foram realizadas para a melhoria do curso de Medicina?

Professor Dirceu Benedicto - O MEC [Ministério da Educação], ao avaliar um curso já implantado, leva em consideração quatro tópicos: Infraestrutura, Currículo, Professores, desempenho dos alunos no Enade [Exame Nacional de Desempenho de Estudantes]. Quanto à infraestrutura predial, fizemos reforma e revitalização do espaço já existente nos últimos cinco anos, dando melhor assistência à manutenção preventiva e corretiva, melhorando as salas de aulas e os setores administrativos. Um local importante criado foi o Laboratório de Habilidades. Estão em fase de obra os cenários de prática para a atuação da Medicina (incluindo a construção dos prédios do Instituto de Ciências Biológicas, laboratórios didáticos, laboratórios de serviços, prédio do Centro de Pesquisas em Saúde e Hospital Universitário), que serão usados em formação no futuro.

 

Ascom - Em relação à aquisição de compêndios e atlas de bibliotecas virtuais para os estudos na Graduação, qual a contribuição disso para a melhoria do curso?

Professor - Melhoramos muito nestes aspectos após a adequação da UFAM ao Termo de Saneamento de Deficiências (TSD/2009) emitido pelo MEC. Além de uma revitalização dos espaços, a Universidade adquiriu muitos livros novos e exemplares, mas ainda precisamos avançar para o número de um exemplar para cada seis alunos. O salto na qualidade foi, sem dúvida, a assinatura de livros eletrônicos (e-Books) e compra de "tablets", entregues aos alunos e com livre acesso a cerca de 800 livros em pacotes, além do portal da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Tudo isso é extremamente útil e promove melhorias no curso, desde que os alunos leiam e utilizem os materiais que lhes são fornecidos.  

 

Ascom - Como o senhor avalia as mudanças no Projeto Político Pedagógico do curso?

Atualmente, mais de 700 estudantes estão matriculados no cursoAtualmente, mais de 700 estudantes estão matriculados no cursoProfessor - As Diretrizes Nacionais Curriculares de 2001 nortearam as mudanças no nosso Projeto Pedagógico, o qual foi implantado a partir de 2010. Foram propostas mudanças radicais e estruturantes no "modus operandi" da Faculdade de Medicina. Deveríamos deixar de atuar nos hospitais terciários e trabalhar mais nos serviços de saúde de baixa complexidade do Sistema Único de Saúde (SUS), tais como Unidades Básicas de Saúde (UBS), Policlínicas e Postos de Saúde. Os nossos alunos deveriam ser inseridos precocemente no SUS. Nossos métodos e técnicas de ensino-aprendizagem deveriam ser mais ativos. A avaliação da aprendizagem deveria ser por competências, considerando-se conhecimentos, habilidades e atitudes aprendidas pelos estudantes. Olhando-se panoramicamente, verificamos que foram executadas ações nessa direção, mas ainda estamos em fase de adaptação e correção de rotas, especialmente no desafio de superar os tradicionais paradigmas da educação. Seremos ainda melhores no futuro.

 

Ascom - Por fim, gostaria de sua declaração a respeito da conquista no RUF 2014. Na sua avaliação, professor, o que possibilitou esse avanço no ranking nacional?

Professor - Ao participar de qualquer "competição" temos que conhecer as "regras do jogo". O que fizemos foi perseguir o aprimoramento nos itens exigidos pelo Ranking Universitário da Folha (RUF). Foram avaliados seis aspectos: Ensino (64 pontos); Nota do ENADE (4 pontos); Avaliadores do MEC (44 pontos); Inserção no mercado de trabalho (36 pontos); Quantidade de professores com doutorado e mestrado (8 pontos); e Dedicação dos docentes (8 pontos). Lutamos pela melhoria e chegamos lá!

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