O minicurso `Princípios de Entomologia Forense´ ministrado pela perita criminal do Instituto de Criminalística, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) do Amazonas, Cintia Barreto Chagas Vieira foi a principal atividade desta manhã de quinta-feira, 16, inserida na II Semana  de Ciências, atraindo a atenção de alunos de Biologia, Biotecnologia e das próprias Ciências Naturais. O minicurso faz parte da programação da XXVII Semana de Ciências Biológicas e da IV Semana de Biotecnologia que ocorre até sexta-feira, 18, nas dependências do Instituto de Ciências Biológicas e da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA).

A perita criminal e bióloga explicou que a aplicação do estudo da Biologia de insetos e outros antrópodes  em processos criminais é uma atividade nova em relação a nossa realidade. A entomologia forense é mais comumente associada à investigações de morte, ajudando a determinar local e tempo dos incidentes de acordo com as características do cadáver e o estágio de desenvolvimento de putrefação.

A perita disse que, o estudo dos insetos no âmbito da investigação forense é determinante, caso contrário comprometeria o laudo conclusivo. Segundo ela, na polícia há necessidade do estudo técnico-cientifico para que todos os vestígios encontrados na cena do crime possam ser processados cientificamente, ou seja, estudados repetidas vezes com  base técnica de procedimentos operacionais padrão. `É por isso que é importante difundir essa ciência, os estudos e sua aplicação´, frisou.

De acordo com ela, os estudos forense dos insetos se iniciaram na academia a partir dos avanços em Biologia, da Ecologia e da identificação das espécies de insetos e que, mais tarde, foram aplicados na perícia de cadáveres humanos passando a ser utilizado em nosso cotidiano.

"A grande discussão para a realização dos estudos é a ausência de uma estrutura eficaz para o desenvolvimento das investigações na polícia brasileira e, a Universidade ainda é o espaço que fornece o estudo para entomologia forence em laboratórios para que sejam analisados os vestígios", acrescenta a perita criminal.

Para Cintia Vieira, a participação dos alunos durante a II Semana Acadêmica é muito positiva. Ela considera que no Brasil, os estudos ainda estão `engatinhando´ em relação aos Estados Unidos e a Europa, que já têm pesquisas mais complexas.

"Passar informações a estudantes que têm interesse nessa área é muito gratificante", garantiu Cintia Vieira.   

Opinião

A aluna do 4º período de curso de Biotecnologia, Camila Borges da Silva, 20, disse que  há poucos estudos nesta área específica do conhecimento. "A pouca quantidade de estudos nesse âmbito se torna um entrave para quem quer aprimorar os conhecimentos. Eu sei pouca coisa desse assunto e é em razão disso que venho participar dos minicursos", explicou Camila Borges.               

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