Licenciatura Indígena da Ufam obtém conceito 4 na avaliação do INEP/MEC

É o único curso superior indígena no Brasil realizado em Terra Indígena, segundo a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT)

Ao ser avaliado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira Legislação do Ministério da Educação (INEP/MEC), o curso de Licenciatura Indígena ‘Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável’ obteve conceito 4. A avaliação foi realizada nos dias 11 e 12 de setembro.

A diretora do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), professora Simone Baçal, orgulhou-se do trabalho de docentes e estudantes do Curso de Licenciatura Indígena Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável pelo resultado. “Registramos com alegria que mais um curso do ICHL que recebe a nota 4. Dou os parabéns para a coordenadora geral do curso, professora Ivani Ferreira de Faria, bem como os docentes pela dedicação e trabalho junto aos estudantes das turmas Nheengatu, Baniwa e Tukano”, disse a diretora, finalizando: “Essa é a Educação que precisa avançar na Região Amazônica respeitando acima de tudo a identidade e a cultura dos povos indígenas!”.

A coordenadora do curso, professora Ivani Ferreira, deu os parabéns a toda a equipe de professores efetivos, técnicos e colaboradores membros da equipe que desenvolve o curso. “Sem eles não seria possível que se realizasse e o sucesso dessa licenciatura. É uma conquista não apenas da equipe, mas principalmente da Ufam e do movimento indígena que há décadas lutam uma por uma educação indígena diferenciada e por um ensino indígena superior indígena”, ressaltou a professora.

 

O curso

Criado pela Resolução nº 028/2007 – CONSUNI, retificado pela Resolução nº 0198/2013, regulamentada pelas Resoluções nº 061 e 062/2012 – CONSEPE, o curso é ofertado pelo Instituto de Ciências Humanas e Letras/Ufam e realizado nas comunidades indígenas de Taracuá - turma Tukano, Tunui - turma Baniwa e Cucui - turma Nheengatu.

Esse é o único curso superior indígena no Brasil realizado em Terra Indígena, conforme está disposto na legislação da Educação Indígena e na Convenção 169 da OIT. Assim, ele quebra vários paradigmas da educação tradicional, como Ensino versus Pesquisa, Teoria versus Prática e Licenciatura versus Bacharelado.

 

Três turmas

O curso regular funciona nos turnos matutino e vespertino, com ingresso bianual, e conta atualmente com três turmas: Baniwa, Tukano e Nheengatu. Elas estão definidas pela territorialidade linguística. São oferecidas 120 vagas exclusivamente para indígenas, distribuídas em 40 por turma:

1. Turma Nheengatu: para os falantes de da língua Nheengatu, realizada na comunidade indígena de Cucui, na calha do rio Negro;

2. Turma Tukano: para os falantes da família linguística Tukano Oriental, realizada na comunidade de Taracuá, calha do rio Uaupés;

3. Turma Baniwa: para falantes das línguas Baniwa e Kuripako, na comunidade de Tunui, calha do rio Içana.

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