Com objetivo de discutir aspectos relacionados à produção historiográfica regional em torno da temática da história social do trabalho, ocorreu, neste dia 6 de agosto, no auditório Rio Solimões do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), a solenidade de abertura da I Jornada de História do Trabalho na Amazônia. A programação segue até sexta-feira, 8.

Na solenidade de abertura, a reitora, professora Márcia Perales, cumprimentou os professores presentes que estão prestigiando o evento. Em seguida, acentou que a temática é bastante instigante, complexa e desafiadora ao pesquisador e leva a reflexão quanto ao  papel da Universidade no processo de discussão e de interferências nas políticas públicas no mundo do trabalho.

Segundo ela, na reflexão nos deparamos com uma perspectiva ontológica do trabalho em que nos possibilite prazer, criação, reflexão e vida com dignidade. “ Se percebe, claramente, o quanto a temática é importante e de como a Ufam se apresenta de forma diferenciada, que  envolve as nossas peculiaridades regionais. Essa é uma oportunidade que apresenta essas singulares sem estarem desconectadas com o nacional e com o global”, completou.

Márcia Perales enfatizou que estamos numa sociedade capitalista e sabemos o significado do trabalho. Nesse contexto, não é permitido desistir na busca por uma sociedade melhor, onde as pessoas possam viver com dignidade. Uma das formas de fazer isso é atuando como pesquisador e trazendo a temática para a reflexão, o que nos permite discutir e apresentar resultados  consistentes. Do contrário, a Universidade teria uma regressão e não a possibilidade do avanço”, comenta a reitora.

Por conta disso, a reitora Márcia Perales reintera sua participação no evento e declara aberta a Primeira Jornada de História do Trabalho na Amazônia.

O pró-reitor de Extensão e Interiorização, professor Frederico Arruda, parabenizou a coordenação do evento e disse que "esse encontro não é somente pensado, mas sonhado, pois é preciso colocar sentimento, se envolver de fato;  e isso foi que senti, a inspiração. Isso demonstra que a Universidade continua tendo vida e oxigênio".

Na composição da mesa de abertura, além da reitora  e do pró-reitor de Extensão e Interiorização, estavam presentes o coordenador do Programa de Pós-Graduação em História (PPGH), professor James Roberto Silva, o coordenador do GT Mundo do Trabalho-Amazonas, professor Luis Balkar Pinheiro, o vice-coordenador do mesmo GT, professor César Augusto Queiroz, o vice-diretor do ICHL, professor Nelsioney Araújo, a diretora da Escola Normal Superior da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), professora Eglê Wanzeler, e o presidente nacional do GT Mundos do Trabalho, professor  Aldrin Armstrong Castelluci.

Primeira Sessão Coordenada 1: Trabalho e relações de gênero na Amazônia

Durante a primeira sessão coordenada 1 - Trabalho e relações de gênero na Amazônia, o doutorando do Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia, da Universidade Federal do Pará (UFPA), Jakson dos Santos Ribeiro, fez apresentação do trabalho de pesquisa 'A representação do homem para o mundo do trabalho nas páginas do Jornal Cruzeiro na década de 1940 em Caxias-MA'.

De acordo com ele, o objetivo do Trabalho é discutir o conceito de masculinidade representada em um jornal religioso na cidade de Caxias(MA) que circulou na primeira metade do século XX. Ele disse que a historiografia  está se debruçando com maior intensidade as questões do gênero, o que ele considera importante abordar em suas pesquisas.

"Na década de 1940, existiu o fortalecimento desse ideal. O homem trabalhador honesto é também um modelo de masculinidade e de análise para a sociedade, no que tange ao desenvolvimento e que coincide com a política de desenvolvimento do governo Getúlio Vargas", finalizou o pós-graduando.

Anexos:

Programação Detalhada

[ ]

414 kB