Programa do MCTI prioriza investimentos na Amazônia

Durante o encontro entre a reitoria da Ufam e representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), ocorrido na noite desta quinta-feira, 24, várias pautas foram discutidas como a participação da Universidade em ações do recém-lançado Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento e a situação da UNI-SOL junto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

A comitiva do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), composta pelo secretário-executivo, João Alberto de Negri, o subsecretário de Coordenação das Unidades de Pesquisa, André Rauen, o chefe de gabinete, Vítor Monteiro e o secretário de Inovação, Nelson Fujimoto foi recepcionada pela reitora da Ufam, professora Márcia Perales, pelo vice-reitor, professor Hedinaldo Lima e pelos pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação (Propesp) e de Inovação Tecnológica (Protec), professores Gilson Monteiro e Socorro Chaves, respectivamente.

Segundo o secretário-executivo, João Alberto de Negri, o Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento visa impulsionar os investimentos na área de Ciência e Tecnologia no país, unindo forças entre governo, universidades e a iniciativa privada. “A ideia é seguir um pouco o que os países desenvolvidos estão fazendo. As plataformas juntam ciência com tecnologia, universidades com empresas em cima de um arcabouço jurídico-institucional mais adequado para fazer esses grandes investimentos,” revelou o representante do MCTI.

De acordo com o João Alberto, o programa funciona com base no artigo 20 da Lei de Inovação de 1994, segundo o qual o governo pode fazer encomendas tecnológicas para empresas que possam atendê-las. As plataformas terão áreas prioritárias como saúde, agricultura e energia e áreas de oportunidade entre elas, o setor de aviação e a Amazônia. “É por isso que nós estamos aqui. A intenção é fazer alguns investimentos importantes na Amazônia”, frisou. “Seriam investimentos da ordem de R$100 a R$200 milhões por ano para a implementação desse tipo de estrutura. É um passo ousado no caso brasileiro”, complementou ao solicitar a contrapartida a Universidade no sentido de viabilizar propostas que traduzam os investimentos em ganho real para a Amazônia.

Professora Márcia Perales agradeceu o desafio do MCTI e revelou que a Ufam aprovou sete parcerias com empresas privadas que viabilizarão pesquisas na Região. “Hoje foi um dia muito importante para a Universidade porque nós aprovamos esses projetos e o clima foi muito bom. As pessoas estão entendendo melhor a necessidade disso. Nós temos muito que avançar, mas temos avançado em relação a isso”, comemorou a reitora.

Outro tema abordado na reunião foi a regularização da Fundação de Apoio Institucional Rio Solimões (UNI-SOL) junto à Finep, empresa ligada ao MCTI. Segundo a reitora, devido à situação da UNI-SOL, os programas e projetos financiados pela Finep estão sendo prejudicados. “O secretário executivo do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação é o ex-diretor da Finep. Ele poderá nos dar as orientações necessárias para que possamos fazer com que a Fundação, voltando a ser adimplente, nos possibilite receber esses recursos para que os pesquisadores desenvolvam seus projetos e consigamos a prorrogação necessária para a finalização desses projetos”, comentou a professora.

Para a gestora, o encontro com os representantes do MCTI foi de bastante positivo, pois trouxe para a Universidade dois ganhos significativos. “Eles vieram trazer para nós a importância do Programa de Plataformas. Colocando-nos desafios. E isso é muito bom; quando somos provocados, porque nós multiplicamos isso para a Instituição para virem propostas bem interessantes”, avaliou a reitora. “Eles também nos sinalizaram não com uma solução, mas com o apoio necessário para que possamos tomar as medidas certas para revertermos essa situação junto à Finep,” concluiu.

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