Ampliar e articular as redes de investigação histórica entre as instituições da Região Norte é o maior ganho com o reconhecimento da professora Patrícia Melo Sampaio como primeira bolsista produtividade nível 1 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Patrícia Melo Sampaio, professora do Departamento de História e do Programa de Pós-graduação Sociedade e Cultura na Amazônia da Ufam, foi promovida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) a bolsista de produtividade nível 1 e representa um significativo reconhecimento para região Norte.  São cerca de 90 historiadores bolsistas nível 1 em todo País, Patrícia é a primeira da região a alcançar tal mérito.

Para a pesquisadora, a promoção mostra que é possível fazer pesquisa científica de boa qualidade em todos os lugares do País e que as formas de inserção têm ampliado as formas de investigação e participação dos pesquisadores. É importante, principalmente, porque a Universidade Federal do Amazonas está fora do eixo tradicional onde se concentram investimentos em pesquisa científica, "Embora o nível de competição seja mais acirrado, não nos impede de participar desses processos nessas respectivas áreas de conhecimento. Estou satisfeita pelo reconhecimento da principal agência que fomenta a pesquisa científica brasileira, mas eu também compartilho com os colegas da região Norte”, comenta.

O reconhecimento amplia o leque de interlocução, trabalho em conjunto, participação em bancas, número de publicações científicas, as co-orientações, as pesquisas integradas entre as instituições nortistas. “Tudo isso redunda em produtividade. Não é apenas resultado de um empenho individual ou de algum esforço que se resume no individuo. Esse ganho só faz sentido, só ganha visibilidade, na medida em que se articula a essas redes de investigação mais amplas. É preciso reconhecer isso e sublinhar o fato que cooperação, relações interinstitucionais de investigação, a expansão da pós-graduação e todas essas aproximações de outros colegas e universidades também permitem chegar a esse resultado”, destaca a Patrícia, que também é professora colaboradora do Programa de Pós-graduação de História da Universidade Federal do Pará.