Primeira defesa de dissertação em Benjamin Constant ocorre nesta segunda-feira (7)

A apresentação da pesquisa de Shirlane Pantoja da Silva será um marco histórico para o Instituto de Natureza e Cultura de Benjamin Constant (INC/BC) e para a Ufam, já que ela é a primeira mestranda a defender uma dissertação realizada no âmbito daquela unidade acadêmica. A reitora, professora Márcia Perales, acompanhará a defesa pública, marcada para as 19h do dia 7 de julho, no auditório do Instituto.

Sob a orientação da coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônica (PPGSCA), professora Marilene Corrêa, Shirlane Pantoja desenvolveu a pesquisa intitulada ‘O conhecimento escolar socializado aos Tikuna do Brasil e da Colômbia: interculturalidade e identidade’. “Trata-se de uma análise sobre os impactos socioculturais da organização e produção do conhecimento socializado aos Tikuna do Brasil e da Colômbia, destacando interculturalidade e afirmação da identidade como elementos importantes para a permanência cultural desse grupo étnico”, conforme destacou a mestranda no trabalho.

Dentre as problemáticas apresentadas, ela destaca a contribuição dos fatores socioculturais e da fronteira geográfica interestatal, além de expor as dificuldades decorrentes do trabalho pedagógico de característica intercultural que influenciam o cotidiano escolar dos Tikuna: é preciso lançar um novo olhar sobre a educação escolar indígena. Com investigações voltadas para a formação cultural do Alto Solimões, Benjamin Constant deve avançar no conhecimento do contexto local através de uma ferramenta fornecida pela Universidade, a pesquisa.

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, professor Gilson Vieira Monteiro, além de buscar a consolidação da Pós-Graduação nas unidades acadêmicas do interior, será membro da banca de defesa, ao lado da professora Rosemara Staub de Barros. Ao avaliar os avanços que a Ufam tem empreendido nessa área, o pró-reitor explica que ela está fundamentada no conceito de Mintras e Dintras, ou seja, Mestrados e Doutorados Intrainstitucionais. Através deles, docentes dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu da capital estendem sua atuação ao interior, ministrando aulas por módulos e acompanhando pesquisas realizadas em cada unidade.

Está em andamento o projeto que resultará numa parceria interinstitucional de Pós-Graduação com Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Instituto de Pesquisas na Amazônia (Inpa). Como meta da Ufam a partir dessa parceria, busca-se a criação de três cursos de doutorado com cinco vagas cada, totalizando 15 vagas, e mais três cursos de mestrado com 10 vagas cada um, cujo total de vagas será 30 até 2017. “Ao incluir a Fapeam, a ideia é de que todos os alunos tenham bolsa”, explicou Gilson Monteiro.

Com isso, serão criadas duas vias de desenvolvimento dos municípios onde existem unidades acadêmicas da Ufam: a primeira, de natureza social, é a elevação da qualidade profissional da população com acesso aos programas de Pós-Graduação; e a segunda, de ordem econômica, é a injeção de dinheiro na economia local, através das bolsas a eles concedidas. As metas de longo prazo da proposta para interiorizar a Pós-Graduação também são duas: a fixação de recursos humanos qualificados no setor público e privado e a criação de condições para a futura instalação de Universidades em cada um deles. Benjamin Constant, por exemplo, deverá abrigar a Universidade do Alto Solimões (UAS).

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