Ufam apresenta Política de Gestão Ambiental dia 11 de junho
A reitora, professora Márcia Perales, institui, oficialmente, a política ambiental da e para a Instituição com foco em 13 eixos no próximo dia 11 de junho. Os principais eixos são: consumo consciente, educação ambiental, proteção da fauna e da flora, gestão de resíduos e eficiência energética.
Com o objetivo de alinhavar o perfil de grande fragmento natural que é a Universidade, a gestão tem o objetivo de planejar a Ufam para as próximas décadas, repensando a adoção de hábitos ambientalmente responsáveis. Para isso, os primeiros passos foram dados ainda no ano de 1994, quando da realização de um seminário promovido pela Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), abordando a temática ambiental. Àquela época, a Universidade foi denominada “Refúgio Urbano da Vida Semestre”, classificação não constante nos sistemas ambientais do governo federal, estadual ou municipal. Foi naquele período que se deu também a criação do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente. Asdiscussões foram fortalecidas há cerca de seis anos e, mais recentemente, em 2012, com sua aprovação no Consuni.
A etapa de planejamento para estabelecer, efetivamente, as incumbências de órgãos suplementares na estrutura da Ufam e dos parceiros foram tratadas no último mês. Dessa forma, segundo a diretora do CCA, professora Terezinha Fraxe, os professores-pesquisadores com maior expertise por área foram colocados à frente de cada eixo temático da política ambiental. “O professor Néliton Marques, diretor da FCA, foi responsável pelo primeiro zoneamento ecológico que existiu no Estado, no Madeira; O professor Marcelo Gordo, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) é um dos maiores estudiosos dos primatas e a fauna em geral; pela flora, ficará a cargo o professor Jefferson Cruz, que chagou a lançar um livro sobre o assunto; pela Arquitetura e Sustentabilidade, responderá o atual prefeito do campus, o professor Atlas Bacelar, que fez, inclusive, sua tese de doutorado sobre o assunto, e eu, que vou abordar as Tecnologias Sociais”, informou ela.
Além de acreditar que as mudanças oriundas do projeto incidirão sobre a escala de felicidade de quem vive a Universidade diariamente, a educação ambiental também chegará às comunidades do entorno. “Nosso caminhar para a implantação da política alcançará não apenas a comunidade interna, mas a sociedade como um todo, isso quando falamos dos moradores situados nos bairros Coroado, Japiim até conjunto Eliza Miranda, no Distrito Industrial, zona Sul de Manaus”, ressaltou a professora.
A equipe que compõe o comitê gestor da política ambiental ainda tem a professora licenciada e atual secretária municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Kátia Helena Serafina Cruz Schweickardt, o professor Henrique Pereira, atual coordenador do Programa de Pós-Graduação de Ciências do Ambiente e que irá coordenar, em breve, um doutorado internacional na área, além das professoras do Departamento de Química, Karime Bentes, Tereza Cristina e Larissa Wiedemann, que estarão respondendo pelo eixo “Resíduos Sólidos”.
Para o diretor da FCA, professor Néliton Marques, a Universidade inicia uma nova etapa de conhecimento e reconhecimento institucional, principalmente pelo fato de não se ter a ideia da dimensão de préstimos de serviços oferecidos à sociedade pela Instituição. “Nós, que estamos aqui, temos a percepção que algo neste fragmento pode não estar caminhando bem ao passo que sentimos que a temperatura nesta ‘bolha’ já não é mais a mesma de dez anos atrás. Também precisamos avaliar com muita atenção a questão da mobilidade de animais terrestres, que tiveram seu habitat modificado. Só restaram as araras, os bem-te-vis, os gaviões, que utilizam a Ufam como refúgio. Essa relação precisa ser repensada, o que é um desafio”, avaliou.
Ainda de acordo com o diretor da FCA, os próximos passos a serem dados têm relação com as parcerias a serem firmadas com o Estado e Município e suas secretarias de Educação e Meio Ambiente e instituições como o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), a quem serão requisitadas imagens de satélite atualizadas. “A finalidade é identificar as áreas vulneráveis e as que ainda podem ser ordenadas. Precisamos ter um mapeamento das microbacias do campus, saber do estado de conservação de suas nascentes e da vegetação do entorno. O restante nós já temos, que é o manancial de pesquisas de alunos de graduação e pós-graduação”, ratificou. Além de ações em escolas e nas comunidades, estão previstas audiências públicas, oficinas e atividades de conscientização.