Seminário Formação de Professores de Educação Infantil inicia com debate sobre o sistema educacional brasileiro
Com o auditório Eulálio Chaves lotado, a professora doutora Tizuko Morchida Kishimoto, da Universidade de São Paulo (USP), proferiu a palestra “Infância e formação de professores”. O encontro inicial reuniu estudantes de Pedagogia, professores, gestores de educação infantil e pesquisadores da Educação para um debate sobre a construção de saberes, tecnologias e práticas pedagógicas tendo como referência a cidade de Manaus.
O Seminário é resultado de uma parceria entre o Centro de Formação Continuada, desenvolvimento de Tecnologia e Prestação de Serviços para a Rede Pública de Ensino (Cefort) em parceria entre a Ufam, o Ministério da Educação e a Secretaria Municipal de Educação de Manaus (Semed). Portanto, o objetivo do evento, que é socializar, debater e avaliar a produção pedagógica desenvolvida no Curso em Pós-Graduação em Educação Infantil, na modalidade a distância foi alcançado desde a sua abertura.
Ao examinar as práticas pedagógicas no Brasil, a palestrante o fez por meio de comparações com os sistemas de educação infantil de países desenvolvidos que valorizam a carreira de magistério e investem nesse setor. “Experiências bem sucedidas de educação, em países como China, Coreia, Cingapura e Finlândia, devem ser consideradas pelos governos que ainda estão buscando desenvolver um sistema de educação de qualidade”, ressaltou Kishimoto. Fatores como salários altos para professores de ensino fundamental, o equivalente a 9 mil reais, faz que o magistério seja uma carreira desejada pelos melhores alunos do ensino médio.
“Mas não é apenas o fator monetário que deve ser considerado”, alerta a professora. Há também altos investimentos em infraestrutura e em autonomia para ensinar. “Na Finlândia, por exemplo, não existe avaliação externa. As avaliações são feita pela escola e contribuem com a melhoria dos processos internos”, alertou. Nesse país, “o mais é menos”, e isso significa precisamente que os estudantes passam menos tempo sentados nas salas de aula e mais tempo em atividades externa, desenvolvendo uma variedade grande de projetos.
A pedagoga Jackeline Sarmento, que é professora no Centro Municipal de Educação Infantil Cristo Rei, localizado no bairro São José II, achou muito válida a estratégia da palestrante, de mostrar como é possível mudar a educação no Brasil com bases em experiências externas. Jackeline irá apresentar um trabalho neste quarta (14), a respeito de uma atividade desenvolvida com alunos de quatro anos. “Baseada no livro ‘Curumim Abaré imitando os animais’, realizei um projeto com as crianças a respeito dos bichos da Amazônia.
De terça (13) a quinta (15), a programação será voltada para a apresentação dos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) em salas de aula da Faculdade de Educação (Faced). Na quinta-feira à tarde e na sexta (16) pela manhã serão realizadas as Oficinas Pedagógicas da Educação Infantil.