Protec dá início a parceria com empresa suíça Firmenich

Com a proposta de uma parceria para capacitação e desenvolvimento de tecnologias que una pesquisadores da Ufam e da empresa suíça Firmenich, os representantes da instituição foram recebidos nesta terça-feira (1º), pela pró-reitora de Tecnologia e Inovação, professora doutora Socorro Chaves. A reitora, professora doutora Márcia Perales, recebeu os novos parceiros apresentando uma universidade capaz de dialogar em prol dos avanços na área de inovação. “Desde 2006 a Ufam dobrou de tamanho e propôs uma política de inovação tecnológica que originou a Protec. Estamos dispostos a avançar na interlocução com os parceiros”, explicou.

A empresa Firmenich está há mais de 100 anos no mercado em mais de 50 países; no Brasil, atua desde 1952 na cidade de São Paulo, e atualmente funciona em Cotia (SP). Atua como produtora de fragrâncias para a indústria de cosméticos, alimentos e produtos de limpeza, sendo a terceira maior do mundo nesse ramo. Ao propor a parceria à Ufam, o objetivo é atuar com capacitação de pesquisadores que desenvolvam trabalhos nas áreas de biologia celular, química analítica, biossíntese, análise sensorial e engenharia de processos, e áreas afins. Dessa forma, os projetos de interesse comum serão desenvolvidos em médio e longo prazo e voltando-se os resultados para o mercado ao garantir a aplicabilidade das pesquisas.

De acordo com a professora Socorro Chaves, a empresa será vista não como uma “âncora” – que prende e é inflexível, mas como uma “vitória-régia”, capaz de estabelecer relações com o meio em que está inserida. “Nós precisamos estabelecer parcerias interinstitucionais com o setor produtivo. Os resultados desse trabalho conjunto são capazes de gerar desenvolvimento social”, assegurou a pró-reitora. A ideia é que os mais de 200 pesquisadores que atuam no polo brasileiro da Firmenich, em São Paulo, estejam em contato com os pesquisadores da Ufam, a exemplo do professor José Castro, diretor da Faculdade de Tecnologia (FT).

Ao iniciar pesquisas sobre a utilização de óleo vegetal como combustível, o engenheiro eletricista diz ter ficado apaixonado pelo estudo das oleaginosas nativas da Amazônia. “Hoje nós temos oito microusinas para produção de óleo de qualidade – especialmente com baixo teor de acidez – no interior do Amazonas”, explicou ele, completando: “Ao capacitar os produtores, há sempre o cuidado com a sustentabilidade”. São produzidos atualmente óleos de andiroba, murumuru, tucumã, buriti e cupuaçu, sendo a produção direcionada para a indústria de cosméticos. Uma proposta apresentada pelo grupo da Firmenich foi aprimorar o processo para tornar os óleos palatáveis, quando poderão ser disponibilizados para a indústria alimentícia, cuja demanda é crescente.

Também apresentaram suas competências os professores Takeshi, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), e Spartaco Filho, diretor do Centro de Apoio Multidisciplinar (CAM). O primeiro dedica-se à área de Microbiologia, com trabalhos sobre antibióticos e enzimas, de modo geral; o segundo trabalha com Biologia Molecular, especialmente em projetos multidisciplinares desenvolvidos na estrutura do CAM, além de participar de uma rede de pesquisas em Biotecnologia. Na avaliação do professor Spartaco Filho, é promissor fazer pesquisas em colaboração com a empresa suíça.

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