Representando os alunos africanos da Ufam, a estudante de Benin, do 2º período do curso de Direito, Raymond Degohunkje, destacou estar feliz pela representação e pela oportunidade de mostrar à comunidade universitária o que é o continente africano. “Os brasileiros desconhecem a nossa realidade e muitos imaginam que seja um país ou uma cidade. O continente africano constitui-se de 54 países, daí a importância do Programa “Nossa África” possibilitar as pessoas conhecerem e a falar com segurança”, disse.

A autora de “O Fim do silêncio”, obra que aborda a presença africana na Amazônia, pesquisadora Patrícia Sampaio, destacou que vivemos um momento ímpar para revelar essas histórias.  Entre os tópicos abordados pela pesquisadora durante a solenidade de abertura estiveram a expansão de ações institucionais para o aumento de vagas de docência para o fomento da pesquisa relacionada as temáticas abordadas nas leis 11.645 e 10.639, as quais  estabelecem as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. “É necessário uma ação institucional de expansão das vagas docentes para assumir as tarefas de formação, pesquisa relacionadas aos temas da 11.645 e 10.639. Eu estranho a ausência de menção aos colegas da Faculdade de Educação, aos colegas do curso de Letras, que fazem parte disso. Mas também chamo atenção do tema, obrigatório, que deve constar nos nossos cursos é educação para as relações étnicos raciais”, declarou a pesquisadora.

Compuseram a mesa de honra da solenidade o Pró-reitor Adjunto de Ensino de Graduação, professor doutor Nelson Noronha; o coordenador do recém-lançado Programa de Extensão, professor Hideraldo Costa; o assessor de Relações Internacionais e Interinstitucionais, professor Naziano Filizola; a aluna Raymond Degohunkje e a pesquisadora e professora do Departamento de História da Ufam, Patrícia Sampaio.