Ufam presta homenagem a mulheres de destaque pelo 8 de março

Do universo de 3.020 servidores ativos da Ufam, 50% são mulheres; elas são mais da metade entre os 1.125 aposentados. E os números são ainda mais expressivos em relação ao total de discentes: dos quase 18 mil alunos matriculados na Ufam, mais de 10 mil são mulheres.

Para a reitora da Universidade, professora Márcia Perales, a primeira a ocupar o maior cargo gestor da Instituição, as mulheres vêm, cada vez mais, mostrando que são capazes de administrar com sensibilidade, o que é um grande diferencial.

“Quando venci a primeira jornada eleitoral para a reitoria, ouvi muitos comentários como ‘vamos esperar que com uma mulher, as coisas melhorem’, quando na verdade, o que deveria medir a sua competência não é seu gênero e sim o grau de comprometimento. Por todos os cargos que passei, desde a coordenadoria de estágio, a pró-reitoria e, agora reitora reconduzida à função, sempre trabalhei em prol de resultados para a coletividade”, afirmou.

A professora Socorro Chaves, pró-reitora de Inovação Tecnológica, representa bem o papel de destaque que as mulheres têm alcançado na Ufam. Para ela, as grandes conquistas na área de Ciência e Tecnologia são a melhoria da infraestrutura e a difusão do conhecimento produzido. “Nossa meta é criar sempre mais oportunidades de acesso às redes nacionais e internacionais de tecnologia e inovação”, enfatizou a maior entusiasta desse segmento na instituição. Só pra citar alguns exemplos, a pró-reitora enfatizou os resultados nas áreas de biotecnologia, com a questão de novos produtos, de novos processos e na parte de software. De modo geral, há uma produção diversificada e crescente de metodologias, de técnicas, assim como no relacionamento com os movimentos sociais e investimentos em inovação e tecnologia social.

E não para por aí, pois a difusão dessas tecnologias possibilita replicar novas técnicas, metodologias, processos e serviços para vários contextos, tanto em empreendimentos econômico-solidários como no setor produtivo. Na avaliação da professora, as práticas inovadoras são resultado de um trabalho contínuo na área de gestão, que tem um tempo de maturação até dar os primeiros frutos.

“Esse ainda é só o início, mas muitas coisas já estão aparecendo”, comemorou a pró-reitora, ao afirmar que os resultados vêm em médio ou longo prazo e conforme os obstáculos são superados. Nosso maior desafio é tornar a Ufam um espaço para criar e inovar, construir novos paradigmas, novas tecnologias e novas formas de diálogo com a sociedade, ao que a professora chamou de “possibilidades de cooperação para inovar”.

Inovação - essa palavra também faz parte da rotina da perita em Odontologia Edna Cardoso, integrante da equipe responsável pela implantação do projeto-piloto sobre Exame Periódico Odontológico (EPO) na unidade do Subsistema Integrado Atenção à Saúde do Servidor (SIASS) na Ufam. O reconhecimento do trabalho veio durante o III Fórum de Perícia em Saúde da Administração Pública, em maio de 2013, quando o grupo formado por ela e pelos servidores Ernesto Lourenço e Rosemary Osborne conquistou um prêmio pelo projeto de conclusão de curso sobre o perfil epidemiológico de saúde bucal do servidor da Ufam. Segundo Edna, eles estão na fase de sistematização dos resultados da pesquisa. “Existem problemas gerais que são ocasionados por distúrbios da musculatura da mastigação”, assegurou, ao alertar que dores no ouvido, no pescoço, no ombro e na cabeça podem ter causa relacionada à saúde bucal.

Com quase 20 anos de casa, Edna aceitou o desafio de trabalhar com perícia, e, mesmo assim, continua dividindo o tempo com o atendimento clínico de servidores, dependentes e alunos no Centro de Atenção Integral à Saúde (CAIS). “Eu adoro a odontologia, gosto de estar em contato com os pacientes, e gosto muito de trabalhar com servidores e alunos”, explicou. Como mensagem de motivação para o público feminino, a servidora disse que a mulher de hoje busca conquistar o próprio espaço em todos os segmentos, e acredita estar fazendo a diferença na área da saúde.

Também entre os discentes há mulheres que, por sua trajetória acadêmica, merecem o reconhecimento da Ufam em nome de todas as alunas da instituição. Um exemplo é o de Valentina Ricardo, estudante de filosofia e vencedora do prêmio de melhor pesquisa de PIBIC na área de Ciências Humanas em 2013. Imagem, tempo e movimento foram temas abordados pela cinéfila no trabalho ‘Deleuze e a Imagem-cristal’. O objetivo, segundo Valentina, era criar um diálogo entre filosofia e cinema, e isso a partir da diferenciação entre cinema clássico e cinema moderno. “A filosofia e o cinema são áreas de que gosto muito, e por isso eu busquei esse paralelo a partir da análise do cinema neorrealista italiano”, disse.

A universitária sente-se realizada com a trajetória na Ufam, pois além de ser uma pesquisadora premiada, ela participou do projeto de extensão ‘Cinema Vertigo’, entre 2011 e 2013. “O projeto começou por iniciativa do professor Francisco Guerra e foi desenvolvido no Centro de Artes da Ufam (Caua). A princípio eram exibidos filmes sobre política, mas depois abrimos para outras temáticas”, explicou Valentina, completando: “Eu posso dizer que a Ufam me deu a oportunidade de experimentar o tripé ensino, pesquisa e extensão”.

Se depender da determinação, as expectativas da jovem não param por aí. Depois de concluir a faculdade, Valentina pretende seguir a trajetória acadêmica e fazer mestrado e doutorado, mas também está pronta para empreender novos projetos relacionados ao cinema de cunho político e sempre tendo a Filosofia como base, pois acredita que filosofia e cinema podem ser vistos como formas de pensamento análogas.

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