O Departamento de Apoio à Pesquisa, da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propesp) realizou, na manhã desta segunda-feira, 9, a abertura do XXII Congresso de Iniciação Científica (Conic). A solenidade aconteceu no auditório Rio Solimões do Instituto de Ciências Humanas e Letras -  ICHL. Estiveram presentes o diretor de Departamento de Apoio à Pesquisa, Leandro de Moura Martins; a integrante do comitê externo para avaliação dos trabalhos do CONIC, professora Rosa Ester Rossini, e os coordenadores de cursos externo e interno do PIBIC. O XXII Conic inicia as atividades de apresentações dos trabalhos orais e de exposição de cartazes, a partir das 14h, 9, nos auditórios das unidades acadêmicas da Ufam. O Congresso ocorre durante esta semana, de 9 a 13, com a premiação dos melhores trabalhos  programada para sexta-feira, 13.  

Diretor do Departamento de Apoio à pesquisa, Leandro de MouraO diretor do Departamento de Apoio à Pesquisa da Propesp afirmou que todos os anos o número de pesquisas aumenta. Este ano serão quase 800 trabalhos que estarão sendo apresentados ao longo desta semana ao Comitê Externo do Conic 2012/2013. “A cada ano o número de trabalhos aumenta. O PIBIC 2013/2014 tem mil trabalhos inscritos. Este ano serão 800 trabalhos que estarão sendo apresentados pelos estudantes e avaliados pelo comitê externo do Congresso, a partir das 14h. O Conic terá 6 professores externos (de outras universidades brasileiras) e mais os comitês internos que irão avaliar, durante esta semana, os trabalhos. A apresentação se dará de forma oral ou exposição de cartazes e os melhores serão premiados na sexta-feira. É o fortalecimento da pós-graduação, apesar de serem alunos da graduação. É daqui que se começa a formar o pesquisador, o cientista do futuro. A iniciação científica é o primeiro passo para que o aluno siga o mestrado, doutorado, pois é  aí que ele começa a fazer pesquisa, a fazer ciência”, afirmou o diretor.

A professora da Universidade de São Paulo, Rosa Ester Rossini, membro do comitê externo para avaliação dos trabalhos do Conic, destacou aProfessora da USP, Rosa Ester importância do Programa de Iniciação Científica para o desenvolvimento da pesquisa e disse estar muito honrada por ter participado da primeira seleção do PIBIC no início dos anos 1990 na Ufam. “Eu me sinto muito honrada em participar mais uma vez, como membro do comitê externo, para a avaliação dos trabalhos que foram selecionados para apresentação oral. Também fico feliz em ter participado da primeira seleção do PIBIC nesta Instituição, no início dos anos 1990, e sinto o quanto esta Instituição cresceu em relação à pesquisa. O PIBIC é o Programa mais democrático que existe, independe da classe social, da raça, do sexo. Depende unicamente da motivação do estudante. É através do PIBIC que esses estudantes começam a fazer pesquisas. Descobrem os caminhos do financiamento e, hoje, temos nas universidades, também nesta Universidade, muitos jovens pobres, que graças ao PIBIC, conseguiram fazer a pesquisa inicial, descobriram os financiamentos para o mestrado e o doutorado, se encantaram com a pesquisa e prestaram concurso para serem professores das universidades. Tenho visto aqui e, no resto do Brasil, muitos pedreiros, empregadas domésticas, muitos jovens pobres que eram estudantes de graduação, que hoje são professores da universidade. Isso nos honra muito e isso graças ao PIBIC”, destacou a professora.

Estudo semântico-cultural apresentado por aluno de Ciências SociaisAcadêmico do 4º período do curso de Ciências Sociais, Francisco Douglas Rosa Machado, apresentou a pesquisa "Palavras do Ye´Pã-Masa (Tukano) na obra Dahsea Hausirô Porã Uküshe Wiophesase Merã Bueri Turi: um estudo semântico-cultural". O trabalho foi orientado pelo doutor Frantomé Bezerra. Durante a pesquisa, foram estudadas as palavras encontradas na obra Mitologia Sagrada dos Tukano Hausirô Porã. Foram identificadas palavras que não foram traduzidas para o Português e tentar concluir por que elasnão forma traduzidas e o significado sagrado delas para o grupo. Essas palavras têm relação direta com a formação cultural deles. O estudante diz que apresentar um trabalho no Conic faz com que  os alunos cultivem o compromisso com o rigor científico. " Apresentar um trabalho dá um status de pesquisador e nos faz encarar com seriedade o papel da Universidade como criadora de ciência. Um aspecto que favorece muito o nosso crescimento intelectual é que nós, alunos, passamos a ser companheiros dos nossos orientadores e aprendemos a desvendar os desafios do mundo da pesquisa", disse o estudante.

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