Combate à prática ilícita é discutido em evento da CGU, Ufam e Correios
A Controladoria-Regional da União (CGU-Regional), em parceria com a Ufam e os Correios, realizou nesta sexta-feira, 6, evento comemorativo ao Dia Internacional contra a Corrupção – 9 de dezembro. O evento ocorreu no auditório Eulálio Chaves (Ufam) e contou com a participação de representantes de órgãos responsáveis pelo combate à corrupção como o Ministério Público Federal (MPF), o Tribunal de Contas da União (TCU) e a própria CGU. Na oportunidade, houve o lançamento do selo comemorativo aos 10 anos de atividade da Controladoria Geral da União.
Em seu discurso, a professora Kathya Augusta Thomé Lopes parabenizou a CGU pelos 10 anos de atividade completados em 2013 e destacou o prejuízo que a corrupção gera para o país. “A corrupção não é positiva para a sociedade por ocasionar ausência na educação, saúde, nas necessidades dos cidadãos”, disse a pró-reitora.
A gestora da Procomun ressaltou a importância do trabalho dos órgãos participantes em fiscalizar o uso dos recursos públicos e buscar a condenação daqueles que agem de maneira ilícita na administração estatal. “Esse esforço, que parece trabalho de formiguinha, é fundamental para a melhoria das condições de vida da população, explicou a professora. “Nós não acreditávamos que casos como o do Mensalão teriam algum resultado, e estamos vendo o que está acontecendo. Embora ainda não seja o ideal, já é um início”, exemplificou.
Ainda segundo a professora da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia, para que haja eficaz combate à corrupção, a sociedade precisa conhecer o trabalho dos integrantes dos órgãos públicos para poder cobrar posturas coerentes. “É necessário que saibamos o que é o serviço público”, orientou Kathya Thomé.
De acordo com o chefe da Controladoria Regional da União, Marcelo Borges de Sousa, a corrupção é o crime mais grave que alguém pode cometer contra a sociedade dadas as consequências que ele apresenta. “Estou há 10 anos tentando evitar que recursos sejam desviados e tenham seu real destino, ou seja, serviços públicos como saúde e educação.
O representante da CGU expôs alguns exemplos de como a corrupção é comum entre os agentes públicos e quão danosa ela é para o país. Marcelo Borges declarou que há recursos suficientes para suprir as necessidades da população, mas que os desvios são tantos que os serviços ficam prejudicados. O palestrante citou a má gestão dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb) como um dos maiores casos de corrupção do país.
Para o diretor regional dos Correios do Amazonas, Ageu de Siqueira Cavalcante, o Brasil tem avançado em relação à coibir ações resultem em dano ao cofres públicos. Ageu Cavalcante citou a criação da Lei 12.846, que busca responsabilizar atos corruptos e concede benefícios àqueles que adotam boas práticas corporativas.
Durante a manhã, os membros da CGU-Am, do Ministério Público Federal (MPF) e do Tribunal de Contas da União (TCU) apresentaram as atribuições dos referidos órgãos além das principais ações desenvolvidas por eles no sentido de combater a corrupção.
A programação do Dia Internacional contra a Corrupção prossegue com o segundo e terceiro painéis de exposições, dos quais participam os representantes do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), da Controladoria-Geral do Estado do Amazonas (CGE-AM) e do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE -AM).