Reitora Márcia Perales se torna nova imortal da Academia Amazonense de Letras
A reitora da Universidade Federal do Amazonas, professora Márcia Perales Mendes Silva, se torna nova imortal da Academia Amazonense de Letras. A reitora da Ufam ocupa agora 21a cadeira, antes ocupada por Bento Tenreiro Aranha.
Durante solenidade realizada na última sexta-feira (29) na sede da Academia Amazonense de Letras, a professora Márcia Perales, primeira mulher a ser eleita reitora da Universidade Federal do Amazonas, foi recebida pelo presidente Arlindo Porto e demais acadêmicos para consolidar a presença feminina entre os intelectuais da casa ocupando a cadeira 21.
Com a vacância surgida na Academia, os membros cumpriram com o processo democrático eletivo, votaram e escolheram Márcia Perales para nova imortal. A notícia da escolha veio em outro momento importante para a reitora e para a Universidade: consulta à comunidade acadêmica. Após um debate entre os candidatos ao cargo máximo da Administração Superior ocorrido no auditório Eulálio Chaves, a professora soube que integraria também outra centenária academia. Algumas semanas depois, Márcia foi reeleita para seu segundo mandato à frente da Ufam. Seu discurso relembrou personalidades históricas do Amazonas que passaram pela academia e que substitui agora nessa nova empreitada, como Plínio Coelho, Leopoldo Peres e o patrono Tenreiro Aranha.
A saudação à nova integrante (em anexo) foi proferida pela acadêmica Rosa Mendonça de Brito, pós-doutora em Filosofia da Educação, professora pesquisadora da Universidade Federal do Amazonas e membro titular do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas. Ela é autora dos livros “O Homem Amazônico em Álvaro Maia: um Olhar Etnográfico”, “O Neokantismo no Brasil”, “Filosofia, Educação, Sociedade e Direito na Obra de Arthur Orlando da Silva”, “Quinze Anos Passo a Passo”. Em seu discurso a professora Rosa Brito destacou a vida acadêmica da nova imortal, ressaltando a importância da presença feminina dentro da Academia, ainda tímida, atualmente.
“Esse momento representa o reínicio de um diálogo entre as duas academias. Antes já tínhamos os professores Renan Freitas Pinto, Marilene Correa, Rosa Brito, Marcus Barros e José Braga, mas hoje, acredito que é mais um passo na consolidação de uma interação entre duas instituições importantes para a vida intelectual da Amazônia”, comenta a professora Márcia."
Presidida pelo Acadêmico Arlindo Porto, a Academia Amazonense de Letras tem como imortais os escritores Ernesto Renan Freitas Pinto e o ex-reitor da Ufam Marcus Barros. Ele acredita que a doutora Márcia Perales leva para a AAL a erudição, o dinamismo e versatilidade requeridos para ocupar a cadeira, resultado de um processo natural de sua "ressonância prestigiosa".
"Graças ao seu próprio trabalho, a sua capacidade e ao seu desejo de servir a cultura a professora doutora Márcia Perales alcança esse posto. Sua contribuição, não somente para a Academia, mas no contexto cultural do Amazonas, será uma grande vitória para quantos desejarem ver esta Casa cada vez maior”, salientou o presidente da Academia Amazonense de Letras, Arlindo Augusto dos Santos Porto, ratificando que a reitora da Universidade Federal do Amazonas é "grandemente bem-vinda à casa de Adriano Jorge".
Estiveram presentes professores, gestores e acadêmicos da Universidade Federal do Amazonas, personalidades das cenas cultural e intelectual manauara, além dos acadêmicos da Casa Adriano Jorge, família e amigos da nova imortal. A orquestra Vozes da Ufam, que tem a frente o Maestro Adelson Santos, realizou apresentação cultural durante a cerimônia. Quatro músicas escolhidas pela professora Márcia foram entoadas pelas vozes de oito cantoras acompanhadas por três instrumentalistas.