Nesta semana, o Cine & Vídeo Tarumã faz uma homenagem a Jane Fonda, uma atriz de invejável trajetória artística em mais de 50 anos de atividade. Aos 75 anos, a também escritora, ativista política e ex-modelo, continua ativa no cinema, tendo participações no drama “E se vivêssemos todos juntos?” e na comédia “Paz, Amor e Muito Mais”, ambos filmes de 2011, e já está rodando “The Butler”, interpretando a ex-primeira dama dos EUA, Nancy Reagan. Na telinha, ela pode ser encontrada de vez em quando na série “The Newsroom” fazendo o papel de uma proprietária de uma rede de TV. Jane Fonda, filha do astro Henry Fonda e irmã de Peter Fonda, começou sua carreira no início dos anos 1960 e depois de cinco anos já era considerada sex symbol, mas só ganhou o primeiro Oscar em 1971, pelo filme “Klute – O Passado Condena”. Nos anos 70 ela fundou a própria produtora e casou-se com um ativista político, Tom Hayden, envolvendo-se totalmente com questões políticas do seu país. Nos anos 1980, voltou-se para o fitness, tornando-se produtora de um programa de vídeo e de um livro de ginástica aeróbica que a tornaram extremamente rica e mais conhecida. Contudo, em 1991, após várias indicações ao Oscar e ao Globo de Ouro, a atriz anunciou a provável aposentadoria dos sets e caiu no esquecimento da mídia especializada. Seu retorno ao cinema se deu em 2005, atuando ao lado de Jennifer Lopez na comédia “A Sogra”. Fracasso de crítica, mas sucesso de bilheteria, o filme a recolocou no mundo do cinema, agora como uma enxuta estrela septuagenária.

Na quarta-feira, dia 21, será apresentado o filme no qual Jane Fonda venceu o Oscar de Melhor Atriz, “Klute – O Passado Condena”. Realizado em 1971 pelo consagrado diretor Alan J. Pakula, o filme apresenta uma trama policial na qual um tímido detetive, John Klute (interpretado por Donald Sutherland), é encarregado de solucionar o assassinato de um cientista, a partir de uma única pista: a carta deixada para uma prostituta, marcada para ser a próxima vítima. Bree Daniells (Jane Fonda), a prostituta de luxo, ao ser protegida por Klute, acaba exercendo um fascínio sobre ele, fazendo-o apaixonar-se por ela.

 “Amargo Regresso”, de 1978, filme que lhe deu mais uma estatueta do Oscar, fecha a programação em homenagem a Jane Fonda. Do igualmente consagrado diretor Hal Ashby, o filme é considerado um dos melhores filmes pacifistas sobre as feridas deixadas pela Guerra do Vietnã. Em 1968, Bob Hyde (Bruce Dern), um oficial do exército americano, embarca para o Vietnã. Sally (Jane Fonda), sua mulher, vai trabalhar em um hospital de veteranos e lá se apaixona por Luke Martin (Jon Voight), um soldado que ficou paraplégico na guerra do Vietnã. A trama se desenvolve até que, quando Bob retorna e descobre a verdade e as conseqüências dessa realidade se tornam dramáticas para todos os envolvidos.  A película premiou ainda com o Oscar de Melhor Ator (Jon Voight) e Melhor Roteiro, além de indicado a outros cinco prêmios pela Academia.