Professoras Arlete Anchieta e Patrícia Sampaio respondem às perguntas do público

Em tom de bate-papo, a Pró-reitora de Inovação Tecnológica, professora Socorro Chaves, mediou a mesa redonda "Compromisso de diálogos entre etnias e respeito às minorias” que inaugura uma série de debates ligados a exposição sobre a vida da adolescente que narrou em seu diário os dias vividos durante o Holocausto promovido pela Alemanha nazista. O bate papo ocorreu nesta segunda (5) na livraria da loja Bemol, no Manauara Shopping.

Com o intuito de discutir o preconceito, o respeito às minorias e a participação da Unversidade na construção de uma sociedade mais justa e democrática a partir do relato histórico e mundialmente conhecido da jovem Anne Frank, cerca de 50 pessoas se fizeram presentes na mesa redonda composta pela professora do Departamento de História da UFAM Patrícia Sampaio e pela professora Arlete Anchieta, do curso de Serviço Social da Faculdade Salesiana Dom Bosco,  com mediação da Pró-reitora de Inovação Tecnológica, professora Socorro Chaves.

“O Brasil teve um papel importante durante o Holocausto. O governo Vargas enviou vários comunistas à Alemanha, temos Olga Benário como grande exemplo desse prática. Anne Frank está viva, pois as condições em que viveu e morreu se reproduzem até hoje. Não podemos ignorar que ainda fazemos parte de um país que exclui pessoas seja por religião, por cor de pele, por grau de escolaridade ou gênero”, iniciou a professora Patrícia.

O papel da ciência no nazismo foi outra questão colocada pela historiadora para abordar a importância da ciência na construção de momentos históricos, diferentes discursos e sociedades: “A ciência tem responsabilidade social, tem compromisso amplo com os cidadãos, sendo também formadora deles, pois é um espaço de contestação”. A professora Arlete complementou o pensamento dizendo que é necessário haver um esforço contínuo e conjunto para que a ciência seja engajada e compromissada: “Não podemos fechar os olhos para o que acontece. A academia é o espaço para relfetirmos sobre nosso papel social na construção do conhecimento, é também o espaço para nos trazer visão crítica e quebrar preconceitos e paradigmas com os quais nos deparamos diariamente. É preciso ver e compreender as diversidades para que possamos respeitá-las, porque todos somos diferentes uns dos  outros”.

Os participantes contribuíram positivamente expondo questionamentos e posicionamentos acerca dos pontos colocados e relacionando com temas atuais. Foi exibido também um pequeno documentário relembrando a história de Anne Frank.

Exposição - A exposição foi baseada nos textos do diário da adolescente Anne Frank que, durante a Segunda Guerra Mundial, registrou toda a hostilidade dos alemães aos judeus e às minorias, no episódio conhecido como Holocausto. A mostra conta com 30 painéis para destacar cinco momentos importantes da Segunda Guerra Mundial: o crescimento do nazismo, a aniquilação das minorias, o individualismo, o Holocausto e os Direitos Humanos. A produção do evento foi promovida pela Anne Frank House, museu localizado na Holanda e é dedicado a resguardar o "Anexo Secreto" - local onde Anne Frank escreveu o famoso diário, durante o tempo em que permaneceu escondida com sua família e mais quatro pessoas. Mostra, também, que em todas as sociedades existem diferenças e que estas devem ser respeitadas.

 “Anne Frank - uma História para hoje” já esteve em diversos países, entre os quais Japão, Inglaterra, França, Bélgica, Holanda, Polônia, Itália, Espanha, Portugal, Nova Zelândia, Equador, Panamá e Estados Unidos. 

Nesta quarta (7), o estudante de Direito da Ufam, Rafael Benzecry é um dos debatedores da palestra "Anne Frank - o direito à felicidade e às políticas públicas". As palestras começam sempre às 19h30. 

Confira a programação abaixo: