sexta, 23 de março, aconteceu, no auditório da Faculdade de Direito, setor norte da Ufam, Audiência Pública referente ao pleito de 30 horas semanais de trabalho dos técnico- administrativos em Educação da Universidade.
Para discutir a questão, participaram da mesa debatedora a secretária da Associação de Docentes da Ufam (Adua), professora Kátia Valina; a pró-reitora de Gestão de Pessoas do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), Simone Rodrigues; o reitor da Ufam, professor Sylvio Puga; o coordenador geral do Sindicato Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais (Sinasefe), Williamis da Silva; o coordenador geral da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), Gibran Ramos Jordão, mediados pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam), Francisco Viana.
A professora Kátia iniciou os trabalhos apresentando alguns dados sobre a educação de nível superior pública no Brasil, bem como reforçou a necessidade de se discutir a proposta de carga horária de 30 horas semanais.
A representante do Ifam, Simone Rodrigues, relatou a experiência do instituto no debate e avaliação para estruturação e implantação da jornada de 6 horas, iniciada anos antes, mas que, em 2018, já é uma realidade.
Williames da Silva, do Sinasefe, explicou a realidade de outros institutos no país que já implantaram e estão em processo da jornada flexibilizada e como a Ufam pode dar andamento no diálogo: “É necessário discutir com a comunidade de um modo geral. Se for para o Conselho Superior, dialogar com todos seus representantes”, ratificou o sindicalista.
Em sua fala, Gibran Ramos, da Fasubra, fez um rápido histórico sobre as reivindicações da redução de jornada de trabalho ao longo do tempo, desde a idade média, passando pelas Revoluções Francesa e Industrial, até os dias de hoje, apontando a relevância do tempo dedicado ao trabalho como forma de evolução social e intrinsecamente ligado à qualidade de vida do trabalhador.
O reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, apresentou o posicionamento, enquanto gestor, sobre a redução da jornada para 6h. “Somos a favor das trinta horas. Vamos negociar com os colegiados para que possamos ir convencendo as pessoas (que são contras essa proposta) não com palavras, mas com ações. A Progesp está fechando um relatório sobre esse tema. Serão criadas comissões, com prazos para estudar isso e, passando pelo colegiado superior, para que nós possamos fazer esse plano piloto da universidade”, afirmou o reitor.
Após todas as apresentações, alguns presentes apontaram sugestões de encaminhamento e encerrou–se a audiência com a proposta de estudo e análise para implantação da carga horária de 30 horas semanais.