Servidores concluem curso de Libras Instrumental

A capacitação impulsiona a qualidade do atendimento à comunidade surda nos diversos setores da Ufam

Ao todo, 21 servidores da Ufam concluíram a primeira capacitação em LibrasAo todo, 21 servidores da Ufam concluíram a primeira capacitação em LibrasPor Cristiane Souza
Equipe Ascom

Encerrou hoje, 22 de junho, a formação instrumental em Língua Brasileira de Sinais (Libras) para servidores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Ao todo, 21 pessoas participaram da capacitação de 60 horas, que foi ofertada pela Coordenação de Treinamento e Desenvolvimento (CTD), esta vinculada ao Departamento de Desenvolvimento de Pessoas (DDP) da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progesp).

O objetivo de proporcionar experiências através do uso da Língua Brasileira de Sinais e do contato com a comunicação visual foi alcançado pela turma. Segundo a tradutora e intérprete de Libras Lilianne Araújo, também servidora da Instituição, os egressos estão preparados para prestar atendimento adequado ao público surdo nos diversos setores da Ufam.

O enfoque, conforme esclareceu ela, é instrumental, ou seja, é voltado ao atendimento do surdo no contexto da comunidade acadêmica. “O que nós pensamos? Em estratégias de ensino para trazer um enfoque comunicativo”, afirmou, ao explicar a metodologia do curso. “Preparamos também um ambiente virtual no Google Classroom, mais para ser um suporte aos materiais complementares, como os vídeos e outras lições referentes às aulas”, completou.

Lilianne Araújo ministrou as aulas em parceria com o também TAE Louisson Costa Pereira, sendo cada um deles responsável por lecionar 30 horas/aula. Ambos atuam na Coordenação de Tradução (Ctrad) da Progesp.

Capacitação e Acessibilidade

Conforme apontaram os idealizadores, a formação ajuda a eliminar barreiras linguísticas e facilita o acesso à informação para as comunidades interna e externa. Nesse ponto, a instrutora enfatizou que, mais importante do que fazer o surdo se sentir valorizado ou acolhido, é fazê-lo se sentir normal. “Afinal, ele é uma pessoa como qualquer outra, com a única diferença de que utiliza uma língua visual”, apontou Lilianne.

“O surdo tem o desenvolvimento cognitivo perfeito, com a diferença de que ele utiliza uma língua de sinais, no caso do Brasil, Libras. Para 60 horas, a turma está preparada para, se fosse o caso, já iniciar numa formação intermediária. Eles já conhecem os princípios básicos e já têm a noção de comunicação. Então, eu penso que o objetivo principal foi alcançado”, avaliou a TAE.

Professora foi homenageada pela turmaProfessora foi homenageada pela turmaEssa é a mesma conclusão do administrador Marcos Cândido, que atua na Faculdade de Estudos Sociais (FES). Ele já passou por uma situação que classifica como “constrangedora” justamente por não ter sabido se comunicar em Libras. “Hoje eu acredito que já tenho condições de atender melhor uma pessoa surda. Estou encantado e maravilhado, e espero aprender mais e mais essa Língua”, comemorou o concluinte.

Também egressa da primeira turma de Libras Instrumental, a servidora Ana Lúcia Ferreira, que trabalha na Reumatologia do Ambulatório Araújo Lima, pretende desde já aplicar o aprendizado no dia a dia do setor. “É difícil tentar ajudar alguém sem ter os meios para isso. Agora, com a qualificação adequada, eu quero fazer o melhor atendimento também aos pacientes surdos”, ressaltou.

Gratidão

Emocionada ao receber uma placa de agradecimento da primeira turma, a tradutora e intérprete de Libras agradeceu: “Para mim, foi uma experiência fantástica! Eu espero muito ser convidada novamente, porque eu gosto muito de trabalhar com o ensino de Libras”.

Ao todo, a Ufam possui nove intérpretes em seu quadro de servidores técnico-administrativos. Eles atuam na tradução de reuniões, eventos, editais e bancas de proficiência em Libras, além de atender a demandas da TV Universitária, entre outras.

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