Ônibus leva testes rápidos à população do AmazonasPor Sandra Siqueira

Integrando as atividades da Semana do Servidor, a Ufam recebeu na manhã desta terça-feira, 31, a equipe do projeto “CTA itinerante – uma experiência junto à comunidade” que ofertou testes rápidos de HIV e sífilis para a comunidade universitária. Cem atendimentos foram realizados no estacionamento da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (FEFF).

Com o intuito de colaborar para a prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), o projeto teve a sua primeira realização na universidade. Durante a manhã, cem pessoas entre estudantes, professores, técnico-administrativos em educação e terceirizados puderam realizar os testes e dentro de 20 minutos obter o resultado.

Em 20 minutos já é possível saber resultado dos testesFruto da parceria entre Ufam, por meio da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) e a Coordenação Estadual de DST/Aids e Hepatites Virais do Amazonas da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam), o projeto oferece os testes em locais pré-determinados duas vezes ao mês.  De acordo com Josana Oliveira, representante da Susam, o Amazonas é o terceiro estado no número de casos de HIV no Brasil, com 30,9 novos infectados a cada 100 mil pessoas. “As doenças sexualmente transmissíveis estão aí. Existe um número muito alto de jovens infectados com o HIV. Então, é preciso que eles tenham esse conhecimento e pratiquem sexo seguro para evitar essas doenças”, disse.

Para a professora Jaila Borges, coordenadora do projeto de extensão que deu origem à iniciativa, outro ponto positivo da ação é proporcionar maior aproximação entre ciência e comunidade. “A ideia é treinar estudantes tanto da graduação quanto da pós-graduação para que tenhamos mais equipes para também contribuir com o governo e levar esses testes às comunidades mais distantes também”, explicou. “O desafio é muito grande. O número de sífilis na gravidez é vergonhoso no Amazonas. A proposta é trazer o teste até você. Então, não tem desculpas”, expôs a professora sobre a importância do projeto, que em breve irá aplicar os testes em Manacapuru.

Professora Lenise aprovou o desempenho da equipe do projeto.Laise Lima é estudante do 4º período do curso de Farmácia e realizou os testes. Para ela, a participação de estudantes na aplicação dos exames facilita na hora de conversar sobre sua vida sexual. “Muita gente tem medo de fazer e acaba vindo aqui com jovens e tem esse contato. Eles têm a mesma experiência que a gente. Acaba sendo mais fácil”, revelou. “O serviço foi bom e rápido. É bom fazer porque quanto mais cedo você tiver um resultado positivo ou negativo você pode ficar mais tranquilo ou iniciar o tratamento”, incentivou.

A professora de FCF Lenise Benarrós também se submeteu aos testes e avaliou o serviço positivamente. Segundo ela, a equipe de estudantes faz a diferença no atendimento. “Os estudantes são bem participativos e interessados. Atenderam bem, dando as informações necessárias. Estão preparados para isso”, comentou.

Para quem nunca fez os testes de HIV e sífilis, a professora aconselha: “É interessante fazer. É bom a gente saber da saúde da gente. Se estiver tudo bem, continuar dessa forma. É rápido, simples. E é uma oportunidade de fazer um tratamento”, encoraja.