Temática africana é discutida no I Seminário do Programa Nossa África

O Programa Nossa África e o Grupo de Pesquisa Estudos Africanos: identidades, dinâmicas sociais e científicas, realizou nesta terça-feira, 23, a abertura do “I Seminário do Programa Nossa África - diálogos africanos: novos objetos, pesquisas e ensino. O evento ocorreu no auditório Rio Negro, no Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais – IFCHS – e contou com a participação de estudantes, pesquisadores, palestrantes e autoridades institucionais. A mesa de abertura foi formada pelo vice-diretor do IFCHS, Nelcioney Araújo, pelo diretor de Acompanhamento e Impacto da Extensão Universitária e coordenador do programa Nossa África, Hideraldo Costa, pela coordenadora do Grupo de Pesquisa estudos Africanos: identidades, dinâmicas sociais e cinentíficas, Keith Valéria de Oliveira e a chefe do Departamento de História da Ufam, Patrícia Silva.

O programa de extensão Nossa África, que existe desde 2013, vem realizando eventos culturais em comemoração ao Dia da África há algum tempo e neste ano o Grupo de Pesquisa Estudos Africanos promoveu um evento que consolida a pesquisa no campo das sociedades africanas. O “I Seminário do Programa Nossa África – diálogos africanos: novos objetos, pesquisa e ensino” insere o tema além do campo cultural, até então propagado institucionalmente, o enquadra no campo da pesquisa. O tema rastreia as digitais das diversas etnias africanas no amplo território brasileiro e sua participação no mundo do trabalho. Descobre o anônimo africano com seus ideais comportamentais na construção da nossa cidade no século XIX. Demonstra que a pesquisa ilumina os entes passados e permite traçar seu perfil no presente e recontar uma nova história. A proposta do evento é discutir amplamente o assunto com a comunidade acadêmica e despertar o interesse de estudantes pelo tema.

“É um Programa de Extensão que já existe há alguns anos e já vinha realizando eventos sobre esse conteúdo. Pensamos em um evento maior com convidados de outros estados para discutir o tema. Este evento vem consolidar outra dimensão: o campo de estudos africanos que existem em outras universidades brasileiras. A ideia é consolidar um campo de investigação da história das sociedades africanas”, destacou a coordenadora do evento Keith Valéria de Oliveira.

O diretor de Acompanhamento e Impacto da Extensão Universitária e coordenador do programa Nossa África, Hideraldo Costa, ressaltou que o evento ajuda a divulgar ao público o que se faz de pesquisa sobre o continente africano. “É um evento abrangente que ajuda a divulgar o que se faz de pesquisa da historia negra na Amazônia. Também temos um componente importante que é a presença de inúmeros estudantes africanos e afro-americanos na Ufam. Na IV edição do Programa, o evento tem uma abordagem acadêmica, sem deixar de lado a conversa com os movimentos sociais que retroalimenta o Programa. Neste ano contamos com a aprovação do CNPq, com apoio da Pró-Reitoria de Extensão, o Idiomas sem Fronteiras e também os estudantes africanos e afro-americanos que se empenham na realização deste evento”, disse , Hideraldo Costa.

O estudante Miguel Antônio Akel Neto, afirmou que é importante participar de um evento que discuti a história dos povos africanos porque esclarece mais o tema que sempre esteve em lugar secundário. “A participação em um evento que tem como proposta discutir a história dos povos africanos contribui para esclarecer mais sobre o tema que ocupa um lugar secundário na nossa região. Foi necessária uma lei pra tornar obrigatório o ensino dessa temática dentro das escolas. O evento serve pra trazer uma contribuição científica pra envolver o publico acadêmico e externo e mostrar que existem pesquisas sobre os povos africanos”, afirmou o estudante.

A professora do curso de História da Ufam, Patrícia Sampaio, proferiu a conferência de abertura do evento com o tema “Nos confins do império: diversidade e etnicidade no mundo do trabalho na Amazônia”.   

 

 

 

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