Semana de Ciências Sociais tem abertura com palestra do professor Renan Freitas Pinto

Estudantes Maysa Fernandes, Rafael Carletti e o professor Renan Freitas Pinto Estudantes Maysa Fernandes, Rafael Carletti e o professor Renan Freitas Pinto O Centro Acadêmico de Ciências Sociais – CACs, Gestão Resistência -, em parceria com o Departamento do curso, realizaram nesta segunda-feira, 11, a abertura da Semana de Ciências Sociais “Desafios Contemporâneos e Contribuições para o Cientista Social”, no auditório Rio Negro, no ICHL. A mesa de abertura contou com a participação dos estudantes Maysa Fernandes, Rafael Carletti e o professor Renan Freitas Pinto.

A Semana tem como objetivo, por meio de uma série de eventos encadeados, discutir problemáticas ligadas à profissão do cientista social, e compreender sua amplitude dentro das diferentes esferas de desenvolvimento, seja ela acadêmica, profissional ou das formas cada vez mais voláteis e complexas com as quais se baseiam e permeiam as relações no mundo contemporâneo.

Serão levantados questionamentos, elaboradas propostas, além da exibição de arte manauara como formas escolhidas para discutir as relações sociais e as influências que o contexto de formação, trabalho e vivência incorporam as características únicas que se apresentam como desafios no dia a dia do profissional amazônico.

O professor Renan Freitas proferiu a palestra de abertura da Semana com o tema: “Quem somos nós: a história do curso de Ciências Sociais”. O palestrante fez uma retrospectiva das Ciências Sociais na Amazônia, destacando o desenvolvimento de um pensamento original por parte de autores anteriores, que nem eram sociólogos, até chegar a uma sociologia sistemática no âmbito universitário. “Na verdade é Sociologia brasileira, está na Amazônia, mas não se pode separá-la. É uma das expressões da Sociologia praticada no Brasil. O desenvolvimento de uma Sociologia local não está dissociada da nacional ou mundial.   O Samuel Benchimol fez uma reflexão sobre isso uma certa vez: ‘até um certo momento nós pensávamos com as ideias dos outros e nos olhávamos com os olhos dos outros’, hoje não, nos vemos a nós mesmos e conseguimos produzir uma percepção própria. Evidentemente, que sempre temos influência da Sociologia no âmbito mundial. Temos a ressonância desse pensamento nos nossos cursos por meio das pesquisas, das disciplinas, dos grupos de pesquisas, isso é bom”, ressaltou Renan Freitas Pinto.

O estudante do 8º período do curso de Ciências Sociais, Ademir Filho, disse que a Semana vai debater temas de relevância para o estudo do cientista social. “Convidamos toda a comunidade acadêmica para participar das discussões sobre os temas propostos. As discussões envolvem assuntos que é de toda a sociedade e a participação de estudantes de outros cursos é importante. Vamos debater sobre movimentos sociais, a questão da cientista social e como ela se insere dentro do campo das Ciências Sociais, entre outras”, disse o estudante do Centro Acadêmico Ademir Filho.   

O presidente do CACs, Rafael Carletti, destacou a importância do Centro Acadêmico e a falta de participação política dos estudantes no movimento. “Os estudantes de Ciências Sociais precisam participar mais do movimento estudantil por meio dos Centros Acadêmicos, que não funcionam se não houver a participação maciça dos alunos. Vivemos uma crise de representatividade na política. Votamos em pessoas para nos representar,  transferimos pra elas toda uma expectativa e depois esquecemos delas. Depois ficamos reclamando pelos cantos. Às vezes fazemos reunião e só aparecem seis, sete alunos. É importante a participação de todos no movimento, sou formando e espero que os demais prossigam com o trabalho”, afirmou Rafael Carletti.   

 

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