Cidade e Cultura na Amazônia são discutidas no SIQSSAM
O minicurso "Cidade e Cultura na Amazônia" integra a programação do II Seminário Internacional de Questões Socioambientais e Sustentabilidade na Amazônia (SIQSSAM) que teve início nesta terça-feira, 1º de dezembro, na sala AI, bloco do Curso de Serviço Social, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), Setor Norte.
O tema desta segunda edição é "A crise ambiental e seu rebatimento nas políticas públicas na contemporaneidade" e é uma promoção do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia (PPGSS) cujos objetivos são desenvolver a reflexão crítica e propiciar aos participantes e convidados, instituições e pesquisadores um espaço de troca de experiências sobre as questões socioambientais, em nível local, regional, nacional e internacional.
Ministrado pela professora do PPGSS, Amélia Regina Batista Nogueira, e também professora da Faculdade Marta Falcão (FMF), Laelia Regina Batista Nogueira, o minicurso "Cidade e Cultura na Amazônia" apresenta-se em dois momentos. No primeiro, de acordo com Amélia Nogueira, o aluno terá uma compreensão sobre questões teóricas, como os conceitos de cidade e cultura e a percepção de ambas. "A partir das referênciais sobre cidade e cultura será bem mais fácil dialogar, a partir do conhecimento da realidade e da imagem envolvente", comenta a professora.
Durante o curso com carga horária de 8h, a professora exemplificou os conceitos de acordo com a realidade amazônica e citou a cidade de Manaus como referência, considerada por ela, como um local urbano diferenciado de outras cidades da região. Ela conta que quando visitamos as cidades amazônicas, sentimos falta dos equipamentos urbanos. "Então, isso demonstra que somos mais urbanos do que rurais", explicou a professora.
As várias interfases das cidades amazônicas, de certa forma, são bastante abrangentes quanto ao conceito de uma cidade amazônica a partir de sua cultura. A construção se dará a partir da observação e conceito de lugar. Ela lembra que a formação cultural de nossas cidades diz respeito à presença de populações indígenas, cabocla (mestiça), o que traz consigo um comportamento cultural, mas que tem a predominância do colonizador português.
Os temas discutidos no II Seminário Internacional de Questões Socioambientais e Sustentabilidade na Amazônia (SIQSSAM) são interdisciplinares e são de interesses para profissionais de diversas áreas do conhecimento. "Além de trazer a importância e dar visibilidade à discussão do Programa, também o Seminário tem o mérito de apresentar a interdisciplinaridade", expôs.
Opinião
Para a egressa do Curso de Geografia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), do município de Parintins (distante a 369 quilômetros da capital), Adriana Machado, 23, o minicurso apresenta conteúdos interessantes que darão suporte ao trabalho que desenvolve. "Conhecer a Amazônia de forma mais aprofundada é sempre bom, uma vez que, trabalhar na região implica questões inovadoras, pois, existem condições que inviabilizam o desenvolvimento de um bom trabalho", finaliza Adriana Machado.