Parceria entre UFAM e Samsung quer melhorar aproveitamento das aulas em Manaus
A parceria entre a Samsung e o Instituto de Computação (IComp) da UFAM vai permitir descobrir mecanismos para melhor aproveitamento das aulas em Manaus. A experiência será aplicada em 2016 em uma escola no bairro Cidade de Deus, zona leste. A informação é do professor Raimundo Barreto, do IComp.
O objetivo da parceria é aumentar o interesse dos alunos pelas aulas e ao mesmo tempo verificar se há evidências de hiperatividade e déficit de atenção. “Uma informação valiosíssima para o professor seria, por exemplo, em um dado momento específico da aula, se o engajamento medido estiver abaixo de 60%. Daí iria se verificar o porquê do engajamento estar baixo e tentar corrigir isso”, explica Barreto.
A proposta é usar recursos tecnológicos – como celulares e tablets - em sala de aula, alinhados com uma metodologia de planejamento das aulas interativas, e com isso aumentar o engajamento dos alunos. Para tanto, os pesquisadores farão uso de salas de aula do Samsung Smart School de tal forma que os alunos possam tirar o mais proveito e aprender o conteúdo. “Essa é a ideia geral”, afirma o professor da UFAM.
A aula vai usar recursos tecnológicos (lousa inteligente, tablets para os alunos, conteúdo digital etc). O Instituto Brasil de Pesquisas da Samsung (Samsung Research Institute Brazil - SRBR) possui um método e ferramentas para, a partir do material já utilizado pelo professor, transformar em uma aula mais dinâmica e interativa utilizando a tecnologia, basicamente através do uso de tablets.
A Samsung escolheu o Brasil para desenvolver soluções inovadoras para a educação digital pelo fato de o País ser o quinto país mais populoso do mundo, mas que ainda está se esforçando muito quando se fala em educação de qualidade para todos.
Método
O uso dos sensores dos celulares está sendo feito para identificar movimentação dos alunos durante uma aula. Este método foi publicado no workshop “Computação Social em Educação Digital”, que foi realizado na Universidade de Stanford, Califórnia, no final de agosto. Além da movimentação do aluno, a pesquisa visa avaliar o comportamento do aluno através de sensores disponíveis em dispositivos móveis e vestíveis (wearable).
Com as informações em mãos, será possível verificar se há evidências de hiperatividade e déficit de atenção. No caso dos biossensores será usado o Galvanic Skin Response (GSR), que serve para identificar algumas emoções, como por exemplo, ansiedade, medo, felicidade, surpresa e tristeza. “Estamos pensando em utilizar o eletroencefalograma para ajudar a também medir as emoções. O problema é que queremos algo não muito invasivo”, explica o professor.
Por Mariane Cruz