Professores da UFAM participam do I Congresso de Arquitetura e Urbanismo no Amapá

Foto: CeapFoto: CeapCom o objetivo de propiciar um espaço para as manifestações acadêmico-científicas de graduação e pós-graduação, bem como pesquisadores em Arquitetura e Urbanismo, Designer, Geografia, Artes, Literatura, Ciências Sociais e áreas afins, a Universidade Federal do Amapá (Unifap), em parceria com o Centro de Ensino Superior do Amapá (Ceap), realizou entre os dias 16 e 18 de setembro, o I Congresso de Arquitetura e Urbanismo no Meio do Mundo: pensando as cidades amazônicas na contemporaneidade.  

O Evento contou com a participação de dois professores do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFAM: Marcos Paulo Cereto, palestrante, e Aires Manuel Fernandes, um dos integrantes do comitê científico do Congresso.

Na conferência de abertura, professor Marcos Paulo ministrou a palestra `As lições de Severiano Mário Porto para a Construção das Cidades Amazônicas´.  O Docente fez um breve relato sobre a produção arquitetônica contemporânea, onde impera a arquitetura do espetáculo presente também nas cidades amazônicas.Foto: CeapFoto: Ceap

Dentre as principais obras de Severiano Porto na região, três, em Manaus, foram destacadas pelo pesquisador: edifício-sede da Suframa, unidades acadêmicas da UFAM (campus Senador Arthur Virgílio Filho), e Centro de Proteção Ambiental de Balbina (Cpa), localizado em Presidente Figueiredo, região metropolitana de Manaus.

Segundo Marcos, a sede da Suframa e o campus da UFAM representam a alta qualidade dos projetos do arquiteto Severiano Porto. Com uma linguagem atemporal, permanecem atuais e contemporâneos, possibilitando a flexibilidade que os edifícios públicos necessitam para permanecer.  Já o Cpa de Balbina foi um Edifício construído na época da instalação da hidrelétrica de Balbina, e representa a dificuldade de preservação das técnicas construtivas primitivas, presentes em sua estrutura desde 1984.

A palestra do professor Marcos Paulo faz parte das suas pesquisas para a tese de doutorado sobre a obra de Severiano Porto e a sua Importância na Arquitetura da Amazônia.

Eixos temáticos do Congresso

O Primeiro Congresso de Arquitetura e Urbanismo no Meio Mundo contou com seis eixos temáticos. Um deles, `O Urbano, o Rural e o Rio na Amazônia´, teve como coordenadores científicos, Aires Manuel Fernandes, também professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFAM.

Em sua participação, Aires apresentou o resultado de algumas reflexões sobre alternativas para habitações com tecnologias construtivas não convencionais, para adequar às edificações a cultura e tradições na Amazônia. O Professor já orientou dois artigos de alunas, nessa mesma temática, enquanto docente da Unifap.

Professores Aires Fernades (camisa azul), Marcos Cereto (camisa preta) e José FerreiraProfessores Aires Fernades (camisa azul), Marcos Cereto (camisa preta) e José FerreiraResultados do Congresso para a UFAM

Para o professor Marcos Cereto, a participação dele e do professor Aires no Congresso, trouxe resultados positivos para o curso de Arquitetura e Urbanismo da UFAM. “Estamos inserindo o Curso no cenário regional, considerando que o mesmo iniciou as atividades somente em 2010. Além disso, há a necessidade de estreitar os laços entre as universidades federais da Amazônia. Fora isso, fomos convidados para publicar um artigo na revista PRACS (Revista Eletrônica de Humanidades do Curso de Ciências Sociais) da Unifap a ser lançada no primeiro semestre de 2016”.

Missão científica no interior do Amapá

Após a participação no Congresso, os professores da UFAM participaram de uma atividade de campo noVila da Serra do Navio, interior do AmapáVila da Serra do Navio, interior do Amapá Município de Serra do Navio, interior do Amapá. Fundada nos anos 50, a Vila da Serra do Navio foi projetada pelo arquiteto Oswaldo Bratke para abrigar os trabalhadores da mineradora ICOMI na extração do manganês.

Dotada de edificações adaptadas ao meio Amazônico e aos conceitos arquitetônicos vigentes, é uma das referências da Arquitetura e Urbanismo no Brasil. Na década de 90, a Empresa devolveu as terras para a União, e desde então se tornou-se um Município com problemas de propriedade.

A missão previa um levantamento das condições das edificações em relação à proposta original, observando as técnicas construtivas utilizadas, e soluções projetuais e climáticas para a Amazônia. Além dos professores Marcos Cereto e Aires Fernandes da UFAM, também estava presente o professor da Unifap, o geógrafo José Ferreira. 

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