HUGV promove ação no Dia Nacional e Latino Americano de Conscientização da Epilepsia

Na última quarta-feira, 09, comemorou-se o Dia Nacional e Latino Americano de Conscientização da Epilepsia. Para marcar a data, o Hospital Universitário Getúlio Vargas da Universidade Federal do Amazonas (HUGV/UFAM), filial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), foi palco de uma ação de conscientização promovida pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN) para esclarecer e reduzir os preconceitos que ainda hoje existem sobre a doença. A iniciativa, realizada simultaneamente em diversas capitais, no Amazonas ocorreu somente no Ambulatório Araújo Lima do HUGV.

A ação consistiu na distribuição de material informativo sobre a doença, formas de tratamento e principalmente sobre como as pessoas com epilepsia pode levar uma vida normal. De acordo com a coordenadora local da ação e médica neurologista do HUGV, Nise Alessandra Sousa, a recepção por parte do público foi muito boa, colaborando para desfazer mal entendidos e preconceitos sobre a doença. “Além de distribuirmos material explicativo a todas as pessoas que freqüentam o Ambulatório, estamos conversando e orientando para sanar duvidas e opiniões equivocadas, criando agentes multiplicadores em sua família ou comunidade. Nosso objetivo é mostrar que o paciente de epilepsia pode ter uma vida normal, e muito disse depende dele mesmo de seus familiares. A epilepsia é uma patologia que pode ser tratada ou controlada, e queremos conscientizar o máximo possível de pessoas para que sejam multiplicadores destas informações”, explicou.  

A epilepsia é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro. Os principais sintomas são crises convulsivas repetidas. A OMS estima que 50 milhões de pessoas em todo o mundo têm a doença, o que representa 1% da população mundial. A epilepsia é uma doença neurológica caracterizada por uma disfunção cerebral. A crise acontece devido a uma descarga elétrica excessiva de um grupo de neurônios localizado em uma região do cérebro. “É como se houvesse um curto-circuito em uma área do cérebro, e esse curto-circuito vai levar aos sintomas, na maioria das vezes a famosa convulsão” explica a Dra. Nise Sousa.

O diagnóstico clínico é realizado com a descrição dos sintomas pelo paciente e seus familiares a um neurologista ou um neuropediatra, caso o paciente seja uma criança, e confirmado com o eletroencefalograma (EEG), podendo ser necessários outros exames solicitados pelo especialista para determinar as causas da doença.  “É preciso lembrar que com tratamento e cuidados, os pacientes com epilepsia podem e devem ter uma vida plena. Pessoas com epilepsia podem inclusive praticar esportes, sendo contraindicadas apenas atividades radicais, como paraquedismo, asa delta, mergulho e esportes motorizados, por exemplo", conclui a médica.

Com informações da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).

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