Pedagogia da Alternância é viés de discussão em Seminário sobre Educação do Campo
A Pedagogia da Alternância é um método empregado na formação de jovens e adultos do campo, visando a articulação entre escolarização e trabalho, propiciando o acesso à escola sem abandonar o trabalhar no campo. A temática foi discutida no Circulo de Diálogo "Políticas Públicas Nacional e a Escola da Terra no contexto Amazônico" que faz parte da programação do "II Seminário de Educação do Campo e a Escola da Terra no Contexto Amazônico", cuja solenidade de abertura ocorreu nesta quarta-feira, 25, no auditório Rio Amazonas, da Faculdade de Estudos Sociais (FES), Setor Norte.
Durante o Circulo de Diálogo `Políticas Públicas Nacional e a Escola da Terra no contexto Amazônico´, a coordenadora Adjunto do Programa Escola da Terra, professora Arminda Mourão, disse que o objetivo principal do Programa é levar ao campo a idéia de um novo tipo de Educação, sobretudo, no contexto Amazônico. De acordo com ela, a educação no contexto urbano não pode ser a mesma no contexto rural, pois ao se transferir os conteúdos metodológicos e pedagógicos ocorre que o conceito de Educação passa como mecanismo de ascensão social, o que refleti diretamente na mudança do homem do campo para a cidade.
A Educação no campo discute o papel da escola na melhoria das condições de vida do homem do campo. Existem novas metodologias que tratam dessa questão e, uma delas é a Pedagogia da Alternância cujo princípio fundamental está na relação Trabalho X Educação, a qual propõe a construção de um plano de educação específico para esses estudantes levando em conta fatores como novos calendários, conteúdos diferenciados, ênfase da cultura local, saberes tradicionais, dentre outros.
O representante da Gerência da Educação do Campo da Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (SEDUC-AM), professor Antonio Menezes Costa, abordou a relevância do debate sobre o tema como reconhecimento da luta das comunidades do campo por uma educação que atenda as suas necessidades. O professor destacou ainda o trabalho desenvolvido pelo Programa Escola da Terra para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a realidade do homem do campo, que valorize as características próprias daquela população.
Mesa de Abertura
A solenidade de abertura que contou com a presença do representante da reitora da Ufam, professora Márcia Perales, o pró-reitor de Ensino de Graduação e coordenador do Fórum de Educação, professor Lucídio Santos, da diretora da Faculdade de Educação (FACED), professora Selma Baçal, da coordenadora Adjunta do Programa Escola da Terra, professora Arminda Mourão, representante da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), professora Lucinete Gadelha, do representante da Gerência da Educação do Campo da Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (SEDUC-AM), professor Antonio Menezes Costa, dentre outros.
Sobre o evento
O II Seminário de Educação do Campo e a Escola da Terra no Contexto Amazônico objetiva socializar as experiências do Programa Escola da Terra no percurso formativo desenvolvidas com aproximadamente 1.400 professores que atuam nas escolas multisseriadas nas comunidades de 18 municípios (Autazes, Boca do Acre, Borba, Caapiranga, Careiro da Várzea, Coari, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Manaus, Manicoré, Maraã, Maués, Nova Olinda do Norte, Novo Aripuanã, Parintins, Presidente Figueiredo e Tefé.
O Programa Escola da Terra está vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação (mestrado e doutorado) por meio do Núcleo de Estudo Interdisciplinar e Relações de Gêneros do Amazonas (NEREIGAM), cujo objetivo é promover a formação continuada de professores para que atendam às necessidades específicas das escolas do campo.