Workshop abre programação com palestra sobre Experimentação Animal
Intitulada `A importância da utilização de animais na experimentação´, a palestra proferida pela diretora do Biotério e professora do Departamento de Ciências Fisiológicas, Geane Antiques Loureiro, traz para discussão quanto ao desenvolvimento do experimento animal para a Ciência no Estado do Amazonas, no I Workshop de Experimentação Animal, que ocorre até sexta-feira, 7, no auditório prof. Guilherme Nery, da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia, Setor Sul.
De acordo com a professora Geane Loureiro, é importante a retomada da evolução histórica da experimentação animal a partir dos primeiros registros biométricos até os dias atuais. “É impossível obter novos medicamentos, novos processos cirúrgicos e novas técnicas de recuperação de tecidos se não tivermos antes uma experimentação em animais”, frisa a diretora.
Segundo ela, o uso de animais nos experimentos em laboratórios tem decaído nos últimos vinte anos, entretanto o processo é lento, pois ainda dependemos da experimentação de animal. Tudo que se conhece na Medicina foi realizado a partir da experimentação e, é necessário reverte esse quadro tentando trazer métodos diferenciados como o de matemática de computador e de cultura de células para viabilizar práticas sem o uso do animal vivo, mas isso ainda é uma utopia na nossa condição, completa.
Na condição de diretora do Biotério Central (BC) da Ufam, a professora Geane Loureiro, acredita que o BC necessita de uma reformulação estrutural para que possa adequar-se às normas exigidas pela legislação. Para tanto, a Administração Superior projeta a construção do novo prédio do Biotério que irá se nivelar no âmbito da pesquisa aos existentes no Brasil. Segundo ela, a parceria com o Biotério do Instituto de Pesquisa da Amazônia (Inpa), considerado em nível nacional o melhor do País, tem trazido um avanço significativo para o desenvolvimento da pesquisa na Ufam. Entretanto, há muito que fazer para melhorar esse patamar, disse.
Nesse sentido, a professora comenta que a Ufam, como instituição de ensino e pesquisa, não precisa ficar na dependência de outras instituições fora do Estado do Amazonas. Ela ressalta que 80% da biodiversidade e dos Princípios Ativos encontram-se na Região Amazônica e questiona: Por que pesquisadores estrangeiros vêm coleta essas informações em nossa Região?
Para ela, a ausência da geração de informações é o grande obstáculo. “É preciso incentivo e uma visão ampla para que sejam efetivadas. Agora sim, estamos somando esforços para que isso seja realmente importante. A consolidação na formação profissional com a fixação de pesquisador na região, dando condições para fomentar sua pesquisa é a forma mais tangível para autonomia científica, disse.
Segundo ela, os alunos são o futuro da experimentação e tendo a base terão uma visão diferenciada do experimento de maneira racional que dará qualidade a pesquisa. Ela sugere a realização anual do evento que possibilitará melhor qualificação profissional, desconstruindo antigos conceitos do bioterismo.
De acordo com a coordenação do evento, o `I Workshop de Experimentação Animal` objetiva esclarecer o uso e não uso de animais em experimento científico e é promovido pelo Instituto de Ciências Biológicas (ICB) nos dias 6 e 7 de novembro.
