Encerramento do I Encontro Estadual da Associação Nacional de História – seção Amazonas

Durante quatro dias, o evento reuniu pesquisadores e estudantes da área de Ciências Humanas para discutir temas fundamentais para os historiadores, como a regulamentação da profissão de historiador e o papel deste profissional na atualidade. Foram mais de duzentos inscritos no encontro que trouxe renomados profissionais para compartilhar experiências.

 

 

 

 

O presidente da Associação Nacional de História (ANPUH), professor Benito Schmidt, foi um dos conferencistas do evento. Ele destacou que o  I Encontro da ANPUH - seção Amazonas colabora para a integração nacional dos cerca de 4 mil associados da ANPUH Brasil. “É muito importante que nossa associação seja efetivamente nacional. Durante muito tempo, ela ficou concentrada no Sudeste e hoje vemos um movimento de todos os estados criando suas associações estaduais. Esse é o caso do Amazonas, ao promover o primeiro encontro da ANPUH estadual. Espero que seja o primeiro de muitos outros”, disse.

Ele também comentou que o papel do historiador tem se diversificado muito nos últimos tempos. “Antes, pensava-se que quem se formava em História ou fazia pós-graduação nesta área, só poderia ser professor ou pesquisador acadêmico. Hoje, os historiadores estão trabalhando em outros espaços como museus, arquivos, centros de documentação,  memoriais ou até mesmo com turismo. Encontros como este apontam os demais espaços em que o historiador pode atuar, como nas grandes discussões políticas do Brasil contemporâneo, o que pudemos perceber durante a Mesa redonda “Os historiadores e a Comissão da Verdade no Amazonas”.

A programação do evento contou com 6 minicursos, 6 simpósios temáticos, 2 debates sobre o ensino em História, 3 mesas redondas e 4 conferências. Na avaliação do coordenador do encontro e presidente da Associação Nacional de História - seção Amazonas, professor Hideraldo Costa, a atividade alcançou todos os objetivos pretendidos. “Foi um evento de êxito. Aconteceu tudo o que estava programado. Tivemos 225 inscritos num momento em que a Universidade tem vários eventos acontecendo ao mesmo tempo. Aproveito para agradecer o apoio recebido da UFAM; do Departamento de História e das instituições externas que atenderam as demandas acadêmicas como a UNINORTE, a UEA e a UNiNnIlton Lins. Os simpósios e as mesas redondas  contaram com a colaboração de todas essa instituições. Agradeço a FAPEAM, que financiou mais de 90% do nosso encontro.  Parabenizo também os alunos de História, que seguraram a organização do evento. Sabemos que a organização é um tema importante para a avaliação e não tivemos problemas quanto a isso”, relatou o coordenador.

Os alunos aproveitaram para destacar o legado do evento para a formação deles. Alessandro Almeida, do 8˚ período do curso de História, elegeu os minicursos como a programação mais interessante do evento. “Aprendi muito, principalmente com o minicurso ministrado pelo professor Francisco Jorge. Ele nos apontou muitas possibilidades de pesquisa sobre a História da Amazônia e nos orientou a instruir nossos alunos durante os trabalhos de pesquisa. Ele também destacou que quando formos professores, devemos incentivar os estudantes a utilizarem as novas tecnologias”.

 Felipe Cabral percebeu que, apesar de ser aluno finalista, ainda tem muito para aprender.   “Durante a conferência do professor da Universidade Federal de Sergipe, Itamar Freitas de Oliveira, pude compreender como podemos inserir, de forma didática, a História do Amazonas durante as aulas de História do Brasil no ensino básico. Foi uma contribuição importante, pois o conferencista compartilhou a experiência dele de ensinar a História de Sergipe, apesar de o Estado não possuir  livros didáticos sobre a história regional. Ele deu muitos exemplos de como fazer isso e eu apreendi”.

O evento aconteceu de 10 a 13 de dezembro, no Auditório Rio Amazonas, na Faculdade de Estudos Sociais.

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