Professores e alunos da Ufam garantem participação no iGEM 2016
Equipe amazonense é uma das três brasileiras inscritas
Com as inscrições efetuadas no início deste mês, a equipe de estudantes e pesquisadores da Ufam seguirá, no mês de outubro, para Boston, onde apresentará o projeto “Desenvolvimento de bactérias sensores de mercúrio para águas contaminadas utilizando ferramentas de biologia sintética” na International Genetically Engineered Machine Competition (iGEM).
A participação dos representantes amazonenses contou com o apoio da Ufam e da parceria com a empresa Natura para efetivar a inscrição dos pesquisadores. Desde 2013, o grupo apresenta resultados de pesquisas na competição, recebendo a medalha de ouro pelo primeiro lugar na edição de 2014.
iGEM
Representantes da equipe vencedora da edição de 2014A Internacional Genetically Engineered Machine Competition (iGEM) é promovida anualmente pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Boston, Estados Unidos. É a principal competição da área de Biologia Sintética do planeta, tendo representantes de instituições de todas as partes do globo. Neste ano, 300 equipes confirmaram participação, o maior número de equipes inscritas desde 2004, quando a competição iniciou. O Brasil terá três equipes no evento. Além da equipe da Ufam, ganhadora em 2014, a Universidade de São Paulo (USP) exporá dois projetos, um pela Escola de Engenharia de Lorena e outro em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Os três melhores projetos receberão medalhas de bronze, prata e ouro.
Anderson Oliveira integra a equipe da Ufam desde 2013. Segundo o estudante, muito mais que a conquista de qualquer premiação, os pesquisadores almejam expor os resultados dos trabalhos desenvolvidos com o intuito de chamar a atenção da comunidade científica e empresarial para obter apoio para a produção em escala industrial daquilo que foi realizado em laboratório para, de forma efetiva, beneficiar a sociedade. “Temos um protótipo de biorreator que será apresentado no iGEM. Queremos que ele seja conhecido para que possa ser produzido”, afirma.
Equipe UFAM aposta em Biorreator
A proposta da equipe da Ufam é apresentar o conceito piloto de biorreator para atuar na eliminação de mercúrio na natureza, por meio de bactérias adaptadas em laboratório. A substância é altamente tóxica e pode acumular na cadeia alimentar, chegando ao homem, no qual causa doenças graves em órgãos vitais como fígado, rins e cérebro. A iniciativa do grupo de estudiosos da Ufam é resultado de pesquisas desenvolvidas há dois anos nos laboratórios do Instituto de Ciências Biológicas.